O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem discutido novos modelos de financiamento que reduza taxas de juros práticas de produção sustentável.
O assunto foi debatido nesta quinta-feira (26) em reunião com o diretor do Earth Innovation Institute, Daniel Nepstad, e Guilherme Quintella, da Taxo Agroambiental.
De acordo com a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, o objetivo é incentivar o produtor, o setor privado e os interessados a adotarem ações que mitiguem a emissão de carbono.
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“Vamos modelar uma prática de crédito que vai disponibilizar taxas de juros menores quanto maior for o apetite do produtor em adotar tecnologias sustentáveis. Podemos ser protagonistas desse mercado no mundo através da descarbonização da agricultura. Temos muito a trabalhar mas com certeza temos muito a produzir nesse setor”, disse a secretária.
O Ministro do Meio Ambiente Carlos Fávaro disse ainda na reunião que a descarbonização da agricultura brasileira será tratada como prioridade no Brasil.
Práticas de produção sustentável reduz liberação de carbono na atmosfera

A adoção de práticas agrícolas sustentáveis como o Sistema de Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), colabora para a estocagem de carbono do solo, o que reduz a liberação do gás na atmosfera.
Segundo Nepstad, o Brasil tem potencial para liderar descarbonização da produção de alimentos no mundo.
“O Brasil está muito bem posicionado, todas as ferramentas e oportunidades estão aí e está na hora de implementar isso. Hoje existem oportunidades de conseguir o financiamento e os sinais do mercado necessários para fazer essa transição”.
Quintela considera, também, que o Brasil deve avançar nas discussões sobre o tema, sobretudo, no Cerrado onde a tecnologia é dominada.