As festas de fim de ano, Natal e Ano Novo, são as mais aguardadas para as reuniões familiares durante o mês de dezembro. Com diversos pratos tradicionais, os momentos se tornam ainda mais agradáveis junto da família e amigos. Entretanto, até os alimentos chegarem à mesa, há um grande caminho a ser percorrido, que começa, na maioria das vezes, nas propriedades rurais.
Na verdade, essa produção pode vir muito tempo atrás, com programas de melhoramento genético, novas formas de manejo, tecnologia de precisão, combate a pragas e doenças. Tudo para garantir que os alimentos cheguem saudáveis e saborosos à mesa dos consumidores.
Alimentos das ceias nas festas de fim de ano
Peru
O peru é o prato mais tradicional do jantar de fim de ano. A carne é magra e rica em proteínas, com baixo teor de gordura e um sabor marcante, distinto do frango. No ranking de produção mundial da ave, o Brasil ocupa o terceiro lugar, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Européia.
Os machos da espécie chegam a alcançar 25kg com 22 semanas de idade e as fêmeas chegam a 15kg com 20 semanas de idade, criados em sistema integrado de produção agrícola. Para o jantar, os animais são abatidos com cerca de 10 semanas de idade.
O maior volume de criação no país vêm do Sul, entretanto, houve crescimento em granjas do Centro-Oeste. A produção da ave está estimada em cerca de 170 mil toneladas, das quais 30% são para exportação e o restante para o mercado interno.
De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações devem chegar a 55,7 mil toneladas neste ano, sendo a África do Sul o principal destino com compras de 8,4 mil toneladas. No ano passado, foram comercializadas 47,3 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 110,4 milhões para o país.
Frango
O frango é uma proteína barata para um jantar bem preparado. O Brasil é um grande produtor de carne de frango e deve produzir 14,5 milhões de toneladas de carne até 2022, segundo a ABPA.
Dados apontam que o consumo por pessoa gira em torno de 45,56 kg, por isso, cerca de 67,83% da produção fica destinada ao mercado interno. A Ásia figura como principal destino das exportações, sendo a China o primeiro lugar. Neste ano, o Brasil exportou quase 30% a mais do que em 2021.
Suíno
A carne de porco também é presença frequente nas ceias de fim de ano, sendo o lombo e pernil os mais procurados. O Brasil é o principal produtor de carne suína, em estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas também tem forte presença em Minas Gerais e nos estados do Centro-Oeste.
Além disso, o país é um grande produtor, tanto para o mercado interno quanto para o externo, tendo com principal destino os países asiáticos. Segundo a ABPA, a produção brasileira dessa proteína deve chegar a 5 milhões de toneladas até o final de 2022, 6,5% superior à produção total de 2021, das quais 3,9 milhões de toneladas serão destinadas ao mercado interno. Entre janeiro e novembro, o país exportou 1 milhão de toneladas no valor de US$ 2,3 bilhões.
Espumante
Servido como bebida principal na hora de brindar, o espumante deve sua existência à forte produção de uvas já consolidada no Brasil. Em 2021, o país vendeu cerca de 30 milhões de litros de espumante brasileiro, segundo os últimos dados da União Brasileira da Vitivinicultura (Uvibra), que ainda não divulgou o balanço de 2022.
A auditoria da Ideal Consult estima um aumento de 18% neste ano. As exportações atingiram 935 mil litros no mesmo período, tendo como principal destino os Estados Unidos, respondendo por 72,5% das vendas totais.
Frutas natalinas
Outra característica do Natal é comer frutas diferentes, como damascos, ameixas, cerejas e lichias. As três primeiras são pouco produzidas no Brasil e a maior parte do que é consumido é importado. Em 2022, o Brasil deve fechar com a importação de cerca de 2,7 mil toneladas de damascos, 7,5 mil toneladas de ameixas e 4,6 mil toneladas de cerejas, totalizando US$ 58,9 milhões.
Por outro lado, a produção de lichia é tão pequena que não há empresas no país que processem a fruta ou estimem o volume. Os rendimentos normais das lichias variam entre 30 e 45 kg por planta.
Quanto às uvas de mesa, o Brasil oferece ao consumidor uma grande variedade, como a mais tradicional Niagara, além de Núbia, Vitoria e Isabel. A Embrapa pesquisa e desenvolve intensamente variedades frescas no país, um mercado em crescimento, assim como uvas utilizadas na produção de espumantes e vinhos.
*Com informações da Forbes