A decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto de 2025 gerou preocupação entre representantes do agronegócio.
A medida atinge principalmente itens agropecuários e pode comprometer a competitividade do setor no mercado internacional, impactando produtores rurais em várias regiões do país, especialmente no Paraná.
Tarifa de 50%

Somente em 2024, os EUA foram o segundo maior destino das exportações paranaenses, com um total de US$ 1,58 bilhão.
Já no primeiro bimestre de 2025, o país ocupou a terceira posição, com compras que somaram US$ 214 milhões.
Os principais produtos vendidos incluem madeira, papel, celulose, café, couros, pescados e alimentos industrializados, todos expostos aos efeitos da nova tarifa.
O Sistema FAEP, que representa os produtores do Paraná, avalia que a medida pode gerar perdas significativas e defende a abertura de negociações por parte do governo federal para minimizar os danos. O setor produtivo reforça a necessidade de previsibilidade para manter sua capacidade de geração de renda, empregos e desenvolvimento econômico no campo.
Prejuízo em diversos setores

Além das exportações, o impacto também deve ser sentido de forma indireta na produção de algodão, com reflexos mais imediatos sobre a indústria têxtil brasileira. A alta nos custos de importação compromete a competitividade dos produtos nacionais e pressiona os preços em toda a cadeia produtiva.
Também o setor de pescados acendeu o sinal de alerta. A taxação pode afetar a produção aquícola, com riscos para a geração de empregos e a permanência do Brasil em mercados estratégicos.
O temor é que o tarifaço reduza o ritmo das exportações e traga prejuízos diretos aos produtores e indústrias ligadas ao segmento.