A menos de duas semanas para as eleições, as campanhas eleitorais estão à todo vapor. Pensando nisso, o Agro2 trouxe algumas propostas dos planos de governo dos candidatos à Presidência da República para o agronegócio.
Entre as pautas em voga dos três candidatos com mais intenções de voto nas Eleições de 2022 estão a sustentabilidade, segurança alimentar, crédito, pesquisa e segurança no campo.
Não é segredo que segmento foi um dos que mais mostrou resiliência durante a pandemia de Covid-19, apresentando bons resultados em um momento difícil para a economia brasileira.
Propostas dos candidatos à Presidência para o agronegócio
Confira abaixo as propostas dos presidenciáveis para o agronegócio. A ordem dos candidatos leva em consideração a última pesquisa do IPEC sobre as intenções de votos dos brasileiros, divulgada nesta segunda-feira (19).
Lula (PT)
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está à frente nas pesquisas, acumulando 47% das intenções de voto, segundo Pesquisa IPEC.
Em seu plano de governo, o ex-presidente foca na segurança alimentar com políticas de apoio à agricultura familiar, orgânica e sustentável, além da formação de estoques reguladores e ampliação de políticas de financiamento da produção de alimentos orgânicos e de pequenos agricultores.
Para a agropecuária, Lula diz que o segmento será foco de medidas de modernização, através do financiamento, compras governamentais e investimento público, além de “inovações orientadas para a transição ecológica, energética e digital.”. O programa ainda traz a possibilidade de criação de uma ‘agroindústria de primeira linha’, e o fortalecimento da produção nacional de insumos, máquinas e implementos agrícolas.
O ex-presidente ainda defende a segurança alimentar, garantindo a soberania alimentar por meio da reforma agrária e ecológica, o apoio à pequena e média propriedade agrícola, em especial à agricultura familiar, além de políticas de compras públicas para incentivar a produção de alimentos saudáveis.
Na área de pesquisa, o plano de governo ainda prevê o fortalecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para identificar potencialidades dos agricultores e assegurar os avanços tecnológicos no campo.
Clique e confira o plano de governo de Lula.
Bolsonaro (PL)
O candidato Jair Messias Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, com 31% das intenções de voto dos brasileiros, segundo o IPEC.
Em seu plano de governo, Bolsonaro enfoca na criação de soluções sustentáveis para substituir recursos não renováveis e segurança no campo, que trata sobre o acesso à arma de fogo. Bolsonaro tem forte apoio de setores do agronegócio.
No texto estão previstas medidas que visam estimular ‘empresas modernas de beneficiamento’, que tratam os alimentos após a colheita; além de fortalecer ‘sistemas sustentáveis’ que aumentem a produção de alimentos.
Em relação à segurança no campo, Bolsonaro cita a implementação de ‘políticas efetivas’ para proteger famílias rurais. Ele ainda afirma que as medidas de regularização fundiária estarão alinhadas ao ‘fortalecimento dos institutos legais que assegurem o acesso à arma de fogo’.
Na área de pesquisa, o plano de governo menciona o setor da agropecuária para investimento em pesquisas sobre equipamentos e defensivos agrícolas que poluam pouco e tenham tecnologia de última geração.
Clique e confira o plano de governo de Jair Bolsonaro.
Ciro Gomes (PDT)
Distante da polarização, Ciro Gomes tem apenas 7% das intenções de voto dos brasileiros, conforme o IPEC. Em relação ao agronegócio, o candidato possui um plano menos detalhado, mas aponta que o setor será foco das estratégias para a retomada produtiva.
Em relação ao meio ambiente, Ciro aponta a criação de uma estratégia de desenvolvimento regional, associada a uma maior segurança fundiária, para garantir economia sem desmatamento em áreas como a Amazônia. O objetivo é mostrar a conciliação do sistema Lavoura, Pecuária e Floresta.
Já quanto ao preço dos alimentos, o plano de governo aborda sobre a retomada dos estoques reguladores de abastecimento para amenizar a alta de preços e combater a fome.