A gripe aviária tem se tornado uma preocupação em diversos países no mundo, especialmente na Europa, Ásia e América do Sul, onde já foram confirmados surtos da doença. No Brasil nenhum caso foi confirmado, mas medidas já começaram a ser adotadas para combater a doença.
Nos últimos dias a Polônia (Europa), Taiwan (Ásia) e Chile (América do Sul) declararam que estão travando uma batalha contra a proliferação da doença, que é altamente contagiosa e afeta, principalmente, aves domésticas e silvestres.
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Polônia, Taiwan e Chile
No último dia 7, a Polônia emitiu um alerta contra a doença e a Organização Mundial da Saúde Animal confirmou que um surto foi identificado em uma fazenda que possui cerca de 220 mil aves. O país europeu já havia passado por um surto da doença, que resultou na morte de mais de 3 mil aves.
Ainda no continente Europeu, outros países já haviam confirmado casos da doença. Um deles foi em novembro, na Holanda, quando foram abatidas 29 mil. Autoridades holandesas informaram que, desde o começo deste ano, mais de 300 mil animais foram sacrificados. Os casos também foram detectados na França, onde 22 milhões de aves foram abatidas.

Deixando de ser um problema da Europa, a Organização Mundial de Saúde Animal registrou o avanço da doença para outras localidades, como em Taiwan, próximo à costa da China. Um surto foi reportado em uma fazenda, matando 214 patos e forçando o abate de outras 5 mil aves.
Avançando em nível internacional, a gripe aviária também foi detectada no Chile no último dia 8 de dezembro. Autoridades chilenas informaram que dois pelicanos selvagens foram encontrados mortos em diferentes regiões do país, acendendo um alerta para a possível disseminação da doença.
Com os registros, o Chile entra para a lista de países sul-americanos com casos da gripe aviária. Países como Equador e Peru já haviam declarado situação de emergência após a morte de 14 mil aves no Equador e abate de outras 180 mil no Peru.
Gripe aviária acende alerta de autoridades brasileiras

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intensificou as medidas de prevenção da doença no Brasil, que nunca registrou a ocorrência de casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – vírus H5N1).
De acordo com o Mapa, esta é a maior epidemia da doença no mundo e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais.
O ministério informou que qualquer suspeita de influenza aviária deve ser notificada de forma imediata aos órgãos competentes. Os principais sintomas clínicos da doença em aves são andar cambaleante, torcicolo, dificuldade respiratória, diarreia e, principalmente, a alta na mortalidade de aves.
Em relação à infecções humanas, elas podem ocorrer, especialmente, pelo contato com aves infectadas; e ambientes contaminados, como fezes, secreções respiratórias, sangue ou outros fluidos corporais. O risco de transmissão por meio de alimentos é baixo.
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