A segunda estimativa da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas prevê para a safra de 2023 um resultado recorde de 293,6 milhões de toneladas, representando uma alta de 11,8%, ou mais 30,9 milhões de toneladas, quando comparada à 2022. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse aumento se deve à melhora nas projeções de colheitas das mais diversas culturas pelo país. Na soja, por exemplo, espera-se uma alta de 22,5% ou 26.866.714 toneladas; o milho da 1ª safra, por sua vez, deve registrar um aumento de 15,8% ou 4.022.128 toneladas e de 2ª safra, 1,9% ou 1.596.689 toneladas.
Já o algodão herbáceo em caroço deve ter um leve aumento na produção de 0,8% ou 31.682 toneladas, enquanto o sorgo e o feijão devem contabilizar uma alta de 4,5% ou 127.774 toneladas e 4,2% ou 45.884 toneladas, respectivamente.
No entanto, espera-se queda na produção do arroz, com -3,1% ou -332.552 toneladas; o feijão da 2ª safra deve ter um declínio ainda mais acentuado, em -10,4% ou -139.148 toneladas, enquanto o de 3ª safra deve cair -1,0% ou -6.542 toneladas. A produção do trigo, por sua vez, deve retrair -12,0% ou -1.145.356 toneladas.
Com relação a área prevista, a soja deve ter uma variação positiva de 3,7%, o feijão 2ª safra, 0,7%; algodão herbáceo e milho 2ª safra, 0,1% e 1,3%, respectivamente. O arroz em casca deve registrar variação negativa de -4,0%; o sorgo, -1,4%; feijão 1ª safra e feijão 3ª safra, -1,8% e -1,1%, respectivamente, enquanto o trigo deve ter uma queda -2,4%.
Com alta de 3,7%, projeção para safra de 2022 deve 262,7 milhões de toneladas
A estimativa feita em novembro deste ano para a safra de 2022 atingiu 262,7 milhões de toneladas, 3,7% acima da registrada em 2021, com 253,2 milhões de toneladas, um aumento de 9,4 milhões de toneladas, quando comparado os dois períodos.
Para a soja, projetou-se uma produção de 119,5 milhões de toneladas de grãos. Com relação às duas safras do milho, este dado ficou em 110,1 milhões de toneladas. A produção do arroz, em 10,7 milhões. Quanto ao trigo, a projeção ficou em 9,6 milhões de toneladas e o algodão em caroço, 6,7 milhões de toneladas.
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Alguns produtos tiveram aumento nas estimativas em relação ao mês anterior, como a batata inglesa, com 4,3% ou 53.076 toneladas, a cana-de-açúcar com 4,1% ou 24.568.533 toneladas e a soja, com 0,1% ou 78.405 toneladas.
Entre os que tiveram queda, a cevada declinou -6,7% ou -35.834 toneladas; o trigo, 0,2% ou -22.781 toneladas e a aveia, -0,0% ou -280 toneladas.
Estimativas por região
Quando olhando a produção nacional, a partir dos cenários regionais, o Centro-Oeste lidera com 130,7 milhões de toneladas ou 49,7%, seguido do Sul, com 65,2 milhões de toneladas ou 24,8%. Sudeste e Nordeste apresentaram 27,8 milhões de toneladas ou 10,6% e 25,4 milhões de toneladas ou 9,7%, respectivamente. Região Norte ficou com estimativa de 13,5 milhões de toneladas ou 5,2%.
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Com relação aos estados, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Goiás e Rio Grande do Norte tiveram variação positiva nas estimativas. Por outro lado, Rondônia, Paraná, Pará, Alagoas, Piauí, Paraíba, Ceará e Mato Grosso do Sul, tiveram variação negativa.