Com a chegada do verão, a umidade sobe e o calor também, elementos estes que favorecem a proliferação do carrapato-do-boi.
Durante o inverno o parasita entra em estado de hibernação, mas volta com toda força quando o clima está quente e úmido, podendo trazer enormes prejuízos para os pecuaristas.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgou que, por ano, o país soma prejuízos na casa dos US$ 2 bilhões, devido à infestação do carrapato-do-boi, que acarreta outras doenças nos animais como a Tristeza Parasitária, que traz para o gado um quadro clínico de febre, letargia, apatia, desidratação, alteração das mucosas e perda de apetite e de peso.
De acordo com o CEO da Decoy Smart Control, Lucas von Zuben, a doença faz os custos do pecuarista aumentar com o tratamento do animal infectado, além de gerar prejuízos pela deficiência reprodutiva e alimentar, podendo acarretar, até mesmo, em morte.
Uso de organismos vivos ajudam no controle do carrapato-do-boi
Diante deste cenário calamitoso, existem técnicas de proteção aos bovino, no mercado, com base no uso de organismos vivos que conseguem controlar a população da praga, fazendo com que a densidade populacional desse parasita se mantenha abaixo do chamado “nível de dano econômico”.
Zuben ainda explica que as gerações posteriores aos animais acometidos pelo carrapato-do-boi sofrem impacto direto no seu desenvolvimento. Por isso, ele defende o controle do parasita já na primeira geração, para que o crescimento da população parasitária seja impedido e controle mais eficiente.
“Não existe uma regra quando se trata de controle de carrapatos, porém tratar os animais, assim como as infestações em pasto, de forma planejada é a melhor forma de reduzir o problema”, avalia.
O Brasil é líder mundial na utilização do controle biológico no campo, o que resulta numa economia anual de US$ 13 bilhões à agropecuária. Além disso, o país conta com 23 milhões de hectares protegidos por essa tecnologia.