Do dia 6 de março até 1° de setembro deste ano, 100 auditores fiscais de todo o país passarão por uma capacitação para operar drones que deverão ser utilizados na fiscalização agropecuária do país. Os sete equipamentos, apreendidos pela Receita Federal, são novos e exigem conhecimento técnico específico para sua montagem e uso, e podem ajudar a otimizar as atividades de fiscalização e evitar riscos para os servidores. O curso é promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
De acordo com o chefe de Divisão de Aviação Agrícola do Mapa, Uéllen Lisoski Duarte Colatto, o curso incluirá aprendizado sobre regras de utilização dos drones e softwares de imageamento, visando uma utilização mais eficiente em diversas áreas da defesa agropecuária.
A proposta de oferecer a capacitação surgiu de um grupo de trabalho da Divisão de Defesa Agropecuária de São Paulo (DDA-SP) que discutiu a aplicação dos drones na modernização das ações de fiscalização.
Segundo o grupo de trabalho responsável pela criação do curso, os drones têm potencial para auxiliar na fiscalização do uso de fertilizantes, agrotóxicos, sementes e mudas. Além disso, podem ser úteis na identificação de rebanhos e áreas de criação de animais, bem como na inspeção vegetal. fiscalização de diversos aspectos na área de defesa agropecuária, incluindo a inspeção de produtos orgânicos, a aviação agrícola e a sanidade vegetal.
No entanto, é necessário treinamento adequado para operá-los e utilizar os softwares necessários. O curso de operação de drones para fiscalização é custeado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Expectativas com o curso para uso de drones na fiscalização agropecuária
Os auditores selecionados para utilizar drones em fiscalizações de produtos agropecuários ilícitos serão treinados em Campinas (SP) em modalidade híbrida. As aulas remotas começarão em 6 de março na plataforma da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), seguidas por aulas presenciais a partir de abril. A ideia é permitir observações e trabalho de inteligência à distância, garantindo mais segurança aos fiscais.
Segundo o auditor fiscal Lucas Zago, de São Paulo, embora nunca tenha utilizado drones, ele se inscreveu no curso devido à possibilidade de utilizar a tecnologia na fiscalização de Liberação Planejada no Meio Ambiente (LPMA) de organismos geneticamente modificados.
Ele também destacou a conveniência de ter as aulas presenciais em Campinas. A utilização de drones permitirá a visualização aérea das áreas onde ocorre a liberação planejada, o que pode melhorar a eficiência da fiscalização.
O coordenador do programa Vigifronteira, Marcos Eielson Pinheiro de Sá, espera melhor eficiência do trabalho, já que um drone pode passar despercebido pelos infratores a uma altura de 100 metros. Os recursos para o curso são do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).