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Bioinsumo da Embrapa melhora em até 20% a produtividade da cana-de-açúcar

Uso de tecnologias-vivas tem mostrado grande potencial para soluções que aumentam a produtividade de outras culturas.

Por Bruno Goulart
Publicado em 20/12/2022 às 18:23
Atualizado em 20/12/2022 às 18:29
cana-de-açúcar

Bioinsumos são tecnologias desenvolvidas a partir de microrganismos. Foto: Embrapa/Reprodução

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) identificou duas bactérias capazes de melhorar os ganhos na cultura da cana-de-açúcar e desenvolveu um bioinsumo, a partir disso. De acordo com a pesquisa, a melhora na produção chega a 20% com o inoculante identificado como Omsugo ECO. A tecnologia-viva promove a redução da aplicação de adubos fosfatados, o que gera ganhos econômicos e colabora com o meio ambiente.

O bioinsumo foi desenvolvido a partir das bactérias Bacillus subtilis (CNPMS B2084) e Bacillus megaterium (CNPMS B119), selecionadas da Coleção de Microrganismos Multifuncionais e Fitopatógenos (CMMF) da Embrapa Milho e Sorgo (MG). A chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, Myriam Maia Nobre, explica que além da cultura da cana-de-açúcar, a coleção de microrganismos da Embrapa tem grande potencial para oferecer soluções que aumente a produtividade de outras culturas, possuindo 11 mil registros.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

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Foi observado aumento significativo na produção da cultura, com o inoculante. Foto: Agência Brasil/Reprodução

Segundo a pesquisadora Christiane Paiva, líder da equipe desenvolvedora do estudo, as bactérias agem promovendo o crescimento das raízes e solubilização do fósforo adsorvido no solo. “Tivemos relatos de ganhos médios de cerca de 12 toneladas por hectare nas áreas onde os produtores realizaram testes com o produto, se comparadas com áreas sem aplicação”, destaca.

Estudos comprovam eficiência do bioinsumo

A Embrapa em parceria com a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) conduziu alguns experimentos no ano agrícola 2020/2021 em três regiões produtoras brasileiras e atestaram a eficiência do bioinsumo nessa cultura de cana-de-açúcar que, inclusive, fornece matéria-prima para um importante setor econômico do país. Vale ressaltar que o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com 572,8 milhões de toneladas produzidas para a atual safra 2022/2023. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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bioinsumo
Comparação entre lavoura que não usou o inoculante e a que usou. Foto: Embrapa/Reprodução

Foram levados em consideração, pelos pesquisadores, três importantes índices relacionados ao desempenho da lavoura de cana-de-açúcar, sendo eles: toneladas de cana por hectare (TCH), que mede a produtividade; açúcar total recuperável (ATR), indicador que representa a capacidade da cana de ser transformada em açúcar ou álcool; e toneladas de açúcar por hectare (TAH). A maior produtividade observada foi naquela parcela que recebeu maior dose do inoculante líquido do Omsugo ECO. De acordo com o  o pesquisador Geraldo de Almeida Cançado, da Embrapa Agricultura Digital, a produtividade em TCH foi 20% superior ao tratamento que não recebeu aplicação do inoculante ou adubo fosfatado.

Os experimentos indicaram que o uso combinado de doses superiores a 500 ml por hectare do inoculante e aplicando somente 50% da quantidade de adubação fosfatada recomendada promoveu um aumento significativo para os parâmetros de TCH e TAH, que são associados à melhora na produtividade, bem como a qualidade da matéria-prima.

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O executivo da Corteva, Rodrigo Takegawa, explica que o Omsugo ECO além de aproveitar melhor os fertilizantes de adubação fosfatada, visa também fazer uso das reservas do solo. “Essa solução apresenta compatibilidade biológica, física e química com os principais produtos utilizados no cultivo, inclusive em conjunto com a vinhaça, participando assim das atuais práticas agrícolas presentes na lavoura,” reforça.

Tags: bioinsumocana de açucarembrapa

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