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Ordenha automática reduz casos de mastite em vacas leiteiras

Uso do robô de ordenha beneficia sanidade de propriedade e diminui incidência de enfermidades no rebanho.

Por Bruno Goulart
Publicado em 10/01/2023 às 22:02
Atualizado em 10/01/2023 às 22:35
ordenha automática

Ordenha robotizada é mais higiênica e evita contágio de mastite em outras vacas. Foto: Embrapa/Reprodução

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A prevenção da mastite é uma luta constante dos produtores de leite, no entanto, parecer haver uma saída: a ordenha automática tem se mostrado eficaz na redução de casos da doença.

A mastite é uma doença contagiosa que inflama as glândulas mamárias das vacas, caracterizada por alterações patológicas no tecido glandular. Além disso, ela é uma das principais doenças que atinge as vacas leiteiras.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

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mastite
Tirar leite da vaca, manualmente, pode contaminar outras vacas com mastite. Foto: Agência Brasil/Reprodução

Ela influencia a saúde do animal, impactando a produção de leite gerando, também, maiores custos com médicos-veterinários.

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Por vezes, a doença pode ser percebida no próprio leite, com a alteração de coloração e presença de coágulos. Acompanhar de perto a produção, ajuda o produtor a monitorar melhor a saúde dos animais.

Uso de ordenha automática reduz contaminação por mastite

vacas leiteiras
Processo de ordenha robotizada. Foto: Agência Brasil/Reprodução

O produtor rural Eduardo Rutz, um dos proprietários da Granja Família Rutz, investiu na aquisição de ordenhas automáticas e notou redução significativa de mastite no seu rebanho.

Sua propriedade, localizada no município de Westfalia, no Rio Grande do Sul, conta hoje com 56 animais da raça holandesa em lactação e uma mão-de-obra 100% familiar.

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De acordo com Rutz, seus animais estavam sendo constantemente diagnosticados com mastite, o que prejudicava a produção e qualidade do leite e, consequentemente, o faturamento da fazenda. Gastos com medição e atendimento veterinário também estavam gerando prejuízos para a propriedade.

“Antes da aquisição [da ordenha automática], tínhamos em nossa propriedade um grande número de descarte de vacas, a mastite era a principal enfermidade, mas precisávamos lidar também com casos de problemas no casco. Hoje, quase três anos depois do início do uso do robô, as baixas mais significativas são de vacas que se machucam no freestall”, explica Rutz.

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Para ele, a redução dos casos de doença nos seus animais é evidenciada pela ordenha bem feita que, por ser automática, tem mais higiene e evita contaminação de uma vaca para outra.

Tags: Mastiteordenha automáticavacas leiteiras

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