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Sisteminha ganha versão com foco em renda para comunidades e combate a fome

Tecnologia permite produzir vários alimentos em um pequeno espaço, garantindo a segurança alimentar.

Por Bruno Goulart
Publicado em 28/03/2023 às 22:24
combate a fome

Nova versão pode auxiliar na geração de renda. Foto: Embrapa/Reprodução

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Completando 21 anos, o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, também conhecido como Sisteminha, tem sido uma das tecnologias sociais mais bem-sucedidas do Brasil, no combate a fome, e já foi adotado em diversos outros países.

A tecnologia permite que famílias de baixa renda possam se alimentar com produtos cultivados localmente, utilizando estruturas simples construídas com recursos disponíveis na região. Além disso, o excedente da produção pode ser compartilhado com vizinhos ou até mesmo comercializado.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

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Com a nova versão do Sisteminha, famílias podem começar a gerar renda por meio do empreendedorismo comunitário.

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Sisteminha
Tecnologia utiliza estruturas simples, com recursos regionais. Foto: Embrapa/Reprodução

O Sisteminha tem contribuído não apenas para a segurança alimentar e nutricional das famílias, mas também para a produção local, quando instalado com foco na comunidade.

Dessa forma, pode se tornar um modelo de empreendedorismo e desenvolvimento comunitário. A Embrapa Cocais (MA) está liderando o processo de escalonamento da produção do Sisteminha em algumas comunidades do Maranhão e Piauí, obtendo resultados promissores.

Como funciona o sisteminha, tecnologia que auxilia no combate a fome e gera renda

produção de alimentos
Sisteminha permite produzir vários alimentos em pequenos espaços. Foto: Embrapa/Reprodução

Com o objetivo de atender às necessidades nutricionais de uma família de quatro a cinco pessoas, de acordo com as recomendações da OMS, o Sisteminha é uma tecnologia social que permite a produção de alimentos em pequenos espaços em áreas urbanas e rurais.

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Em um quintal de 100 a 1.500 metros quadrados, é possível produzir peixes, ovos, carne de galinhas e codornas, suínos, porquinhos-da-índia, grãos, legumes, frutas, hortaliças, húmus de minhoca e composto orgânico, entre outros.

Além de garantir a alimentação básica às famílias, a técnica possibilita também a geração de renda, por meio da comercialização do excedente da produção. Voltado para a redução de custos, o projeto segue um modelo agrícola sustentável.

De acordo com o criador do Sisteminha e pesquisador da Embrapa, o zootecnista Luiz Carlos Guilherme, destaca que essa metodologia simples ensina as famílias a conquistarem sua independência alimentar e nutricional, melhorando sua autoestima e capacidade de resolver problemas relacionados à execução das atividades.

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Ele ressalta, ainda, que essa tecnologia consegue retirar as pessoas da situação de pobreza e miséria em menos de sete meses, sem interferir culturalmente nas famílias.

Tags: Combate à fomeembrapaprodução de alimentosSisteminha

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