Acontece nesta terça-feira (29/11), a segunda edição da Festa do Pequi que é realizada pelas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa Goiás). A primeira edição do evento aconteceu em novembro do ano passado, na sede da Ceasa Goiás.
A festa tem como objetivo ressaltar o fato da unidade de Goiânia ser o armazém que mais recebe e comercializa pequi em todo o país. Além disso, a celebração desse fruto tão popular entre os goianos acontece no auge da temporada pequizeira de Goiás.
Durante toda a programação, que ocorre na Ceasa, na BR-153, Km 5,5, serão apresentadas a Orquestra de Violeiros de Goiás, grupo de Catira da Associação dos Catireiros, Foliões e Violeiros de Aparecida de Goiânia, Banda Lira Jaraguense, apresentação da Folia de Reis da cidade de Jesúpolis e saudação à coroa do Divino da cidade de Jaraguá.
De acordo com o presidente da Ceasa/GO, Jadir Lopes de Oliveira, a Festa do Pequi, é uma importante data para celebrar a “cultura pequizeira” de Goiás, além da goianidade, com atrações culturais e folclóricas, próprias do estado.
“Podemos até não produzir em Goiás todo o pequi que chega à Ceasa, porém, o mais importante é que nós comercializamos mais do que qualquer central e aqui recebemos o supra sumo do fruto do país”, destacou o presidente da Ceasa.
A Festa do Pequi, de todas as origens
O estado de Goiás, hoje, é um dos maiores produtores do fruto no país e a Ceasa Goiás se destaca como o maior centro de distribuição de pequi do país.
Somente no ano de 2021, a Central de Abastecimento de Goiás recebeu cerca de 7.191,84 mil toneladas de pequi. Em termos de faturamento, a última safra rendeu quase R$ 10 milhões. De setembro para cá, já foram 2.066 toneladas de pequi comercializados com um faturamento de R$ 2.583.814,70.
No entanto, a Ceasa Goiás não comercializa somente o fruto extraído em Goiás – – dos 7.191,84 mil toneladas vendidas em 2021, somente 2.036,96 mil têm origem goiana. Goiás se consolida, portanto, como o maior consumidor de pequi do país e a Ceasa o entreposto que mais vende pequi no Brasil.
Para manter o mercado de pequi atendido, fruto de todas origens vem para o Ceasa Goiás. A remessa de Tocantins, que representa cerca de 30% de tudo o que entra na unidade goiana, chega em setembro e mantém a demanda até meados de outubro. Após isso, começa a chegar a produção goiana, vinda do Norte, de cidades como Porangatu, Crixás e Santa Tereza.
O pequi de Minas Gerais também pode ser encontrado em Goiás, a partir de dezembro, sendo responsável pelo comércio do fruto no estado até janeiro. O do Mato Grosso, apesar de ser menos expressivo por aqui, é encontrado no mercado goiano no mês de novembro.
Goiás conta, também, com o “filé mignon” dos pequis. Esse fruto que apresenta caroços maiores, mais ricos em polpa e sabor são originários do Nororeste goiano, de São Miguel do Araguaia. Alpem disso, seu preço é mais elevado justamente por representar o que de melhor se produz em relação ao fruto.