Em 2024, o Brasil registrou a geração líquida de 1.693.673 postos de empregos formais, conforme os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP).
De acordo com os dados, o resultado é fruto de 25.567.248 contratações e 23.873.575 demissões. Os saldos por setor foram: Serviços (929.002), Comércio (336.110), Indústria (306.889), Construção (110.921) e Agropecuária (10.808).
Vagas de empregos formais na agropecuária
Somente em 2024, a agropecuária registrou a criação de 10.808 postos de trabalho. Embora esse número seja inferior ao de 2023, quando foram gerados 35.182 postos, ainda assim representa o oitavo ano seguido de saldo positivo no setor.
O último ano com saldo negativo foi 2016, quando o setor perdeu 14.200 postos de trabalho.
Em 2024, todas as 27 Unidades Federativas do Brasil apresentaram saldo líquido positivo de empregos, com destaque para São Paulo (459.371), Rio de Janeiro (145.240) e Minas Gerais (139.503). O emprego também foi positivo em todas as regiões do país.
O Sudeste gerou 779.170 postos, o Nordeste 330.901 e o Sul, com a recuperação do Rio Grande do Sul após as enchentes no início do ano, gerou 297.955 postos. O Centro-Oeste gerou 137.327 postos e o Norte 115.051 postos.
No setor agropecuário, as regiões Centro-Oeste (23.526) e Nordeste (5.260) apresentaram geração de empregos. Já as regiões Sudeste, Norte e Sul enfrentaram perda líquida de postos em 2024, com quedas de -17.615, -2.950 e -709 empregos, respectivamente.
Em termos de unidades federativas, 11 estados registraram saldos positivos na atividade agropecuária. Mato Grosso do Sul foi o líder com a criação de 2.359 empregos no setor, seguido pela Bahia, com um saldo positivo de 2.123, e Ceará, com 2.084 vagas.
Por outro lado, 15 estados e o Distrito Federal tiveram saldos negativos, com a maior queda observada em São Paulo, com uma redução de 14.177 postos, seguida por Pará (-2.479), Minas Gerais (-2.421) e Mato Grosso (-1.031).
Confira as atividades agropecuárias que mais impulsionaram a criação de novas vagas:
- Produção de ovos: 3.037 empregos;
- Cultivo de soja: 2.431 empregos;
- Atividades de apoio à produção florestal: 1.977 empregos;
- Produção de sementes certificadas, exceto forrageiras para pasto: 1.605 empregos;
- Cultivo de eucalipto: 1.292 empregos.
Atividades que registraram as maiores perdas líquidas:
- Atividades de apoio à agricultura não especificadas anteriormente: -4.950 empregos;
- Cultivo de laranja: -3.843 empregos;
- Cultivo de dendê: -2.504 empregos;
- Serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita: -2.285 empregos;
- Criação de bovinos para leite: -824 empregos.