Entre janeiro e março de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 1,4% frente ao último trimestre de 2024, conforme dados ajustados sazonalmente.
Pela perspectiva da produção, o maior impulso veio da agropecuária, com alta de 12,2%.
Crescimento do PIB

A Agropecuária cresceu 10,2% frente ao mesmo trimestre do ano anterior, impulsionada pelo bom desempenho de culturas com colheita expressiva no início do ano, além de ganhos de produtividade. Segundo dados do IBGE, destacaram-se as estimativas de crescimento da produção anual de soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
Dentro do setor industrial, as quedas foram observadas na Indústria de Transformação (-1,0%) e na Construção (-0,8%). Em contrapartida, houve desempenho positivo em letricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (1,5%) e nas Indústrias Extrativas (2,1%).
Nos Serviços, o crescimento foi puxado por Informação e comunicação (3,0%), seguido por Outras atividades de serviços e Atividades imobiliárias (ambas com 0,8%). Houve ainda avanço em Administração pública, saúde e educação (0,6%) e Comércio (0,3%). Por outro lado, o segmento de Transportes caiu 0,6% e o de Atividades financeiras teve leve variação positiva (0,1%).
Entre os componentes da demanda, o consumo das famílias aumentou 1,0%, enquanto os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) subiram 3,1%. O consumo do governo, por sua vez, ficou praticamente estável, com variação de 0,1%. No setor externo, tanto exportações (2,9%) quanto importações (5,9%) registraram alta em relação ao trimestre imediatamente anterior.
PIB cresce 2,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2024

Na comparação anual, o PIB teve expansão de 2,9% no primeiro trimestre de 2025. O Valor Adicionado a preços básicos e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram igualmente 2,9%.
A Indústria apresentou elevação de 2,4% na mesma comparação, com destaque para a Construção (3,4%), que manteve sequência positiva pelo sexto trimestre. A Indústria de Transformação cresceu 2,8%, com maior contribuição de máquinas e equipamentos, produtos químicos e da metalurgia.
Eletricidade e gás, água, esgoto e resíduos avançaram 1,6%, enquanto as Indústrias Extrativas registraram variação próxima da estabilidade (0,2%), com alta na extração de petróleo e gás neutralizada pela retração na extração de minério de ferro.
Já as exportações aumentaram 1,2%, enquanto as importações cresceram 14,0%. As exportações foram puxadas por veículos, produtos agropecuários, papel e celulose e derivados de petróleo. No lado das importações, destacaram-se equipamentos de transporte, máquinas elétricas, produtos químicos e máquinas e equipamentos em geral.
Acumulado de quatro trimestre
No acumulado de quatro trimestres até março de 2025, o PIB brasileiro cresceu 3,5% frente ao período imediatamente anterior. O resultado refletiu avanço de 3,2% no Valor Adicionado a preços básicos e de 5,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
Entre os setores produtivos, a agropecuária teve expansão de 1,8%, a Indústria cresceu 3,1% e os Serviços, 3,3%. Na Indústria, os melhores desempenhos vieram da Construção (4,6%), Indústria de Transformação (4,0%) e Eletricidade e gás, água, esgoto e resíduos (2,4%). As Indústrias Extrativas, no entanto, recuaram 0,8%.
Todas as atividades de Serviços mostraram crescimento: Informação e comunicação (6,6%), Outras atividades de serviços (4,6%), Comércio (3,6%), Atividades financeiras (3,4%), Imobiliárias (3,1%), Transporte (2,1%) e Administração pública (1,3%).