Seca, altas temperaturas e ventos, cenário para os recordes de focos de queimadas na Amazônia e no Pantanal, principalmente em áreas de florestas e lavouras, dispararam neste mês. No agronegócio os prejuízos são de R$ 22,8 milhões.
Os dados são preliminares e foram divulgados nesta terça-feira (27), pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que estima aumento do valor, a medida que os dados dos municípios sejam repassados.
Queimadas no agro
Uma estimativa parcial, aponta que as chamas causaram perdas de R$ 13,6 milhões na agricultura e R$ 9,2 milhões na pecuária.
Contando assistência médica e outras áreas da economia, a CNM aponta um prejuízo de R$ 38 milhões no total, até a data da divulgação.
Danos
Na parte ambiental a CNM disse em nota que “os impactos com a perda da biodiversidade do país são incalculáveis.”
Nas finanças, os danos estão sendo calculados pelas gestões municipais, mas preocupam, a sobrecarga de atendimentos no sistema municipal de saúde, o abastecimento de água potável e a suspensão de aulas, além de outros pontos.
Situação de Emergência
As decretações municipais de situação de emergência por causa das queimadas mais do que triplicaram em 2024. De janeiro até 26 de agosto, já são 167 registros, enquanto no mesmo período do ano passado, eram 57 decretos, aumento de 193% até agora.
Os dados devem subir à medida que os municípios registrarem novas informações no sistema do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Agosto é o mês com mais ocorrências, 118 dos 167 decretos de emergência por queimadas neste ano, 70% do total. Se for comparar mês a mês, o aumento é de 354%, uma vez que, em agosto do ano passado, foram registrados 26 decretos municipais por esse motivo.
De acordo com a CNM, mais de 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelas queimadas no país em 2024.