O Governo Federal publicou as Medidas Provisórias 1224/2024 e 1225/2024, que autorizam a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz estrangeiro. A iniciativa é uma medida preventiva para assegurar que não falte arroz na mesa dos brasileiros, especialmente diante dos impactos das fortes chuvas na região Sul do país.
A produção de arroz no Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% do total produzido no Brasil, foi severamente afetada pelas condições climáticas adversas. Para evitar um possível desabastecimento e a consequente alta nos preços, o governo liberou um total de R$ 7,2 bilhões para a compra do arroz importado.
Venda de arroz estrangeiro
O produto será vendido ao consumidor pelo preço tabelado de R$ 4 por quilo e será comercializado com a logomarca do Governo Federal, garantindo assim a identificação e o controle do preço.
Os estoques adquiridos pela Conab serão distribuídos para mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais com uma ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas. Esses pontos de venda serão responsáveis por repassar o arroz exclusivamente ao consumidor final, evitando assim qualquer forma de revenda que possa inflacionar o preço do produto.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que a medida não visa competir com os agricultores brasileiros, mas sim assegurar a estabilidade dos preços e o abastecimento de alimentos para a população.
“Já conversei com os produtores para deixar claro que não é para concorrer com o nosso arroz. Não queremos qualquer peso no bolso do brasileiro. Queremos estabilidade e comida na mesa”, afirmou Fávaro.
A decisão do governo é vista como uma ação estratégica para manter o equilíbrio no mercado interno de alimentos, especialmente em um momento de incerteza climática e econômica. Com a importação do arroz, o governo pretende garantir que as prateleiras dos mercados permaneçam abastecidas e que os consumidores possam comprar o produto a um preço acessível, minimizando assim os impactos negativos da produção reduzida no Sul do país.