Dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que as exportações brasileiras de carne de frango, incluindo produtos in natura e processados, somaram US$ 906,1 milhões em abril.
Sendo assim, o número representa um crescimento de 2,7% na comparação com o mesmo mês de 2024, quando a receita foi de US$ 882,2 milhões.
Exportações de carne de frango

Em termos de volume, os embarques atingiram 475,9 mil toneladas no mês, volume muito próximo ao registrado em abril do ano anterior, que foi de 480,7 mil toneladas, o que configura uma leve retração de 1%.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2025, o setor exportou 1,86 milhão de toneladas, avanço de 9,5% frente ao mesmo período do ano passado, que teve 1,70 milhão de toneladas. A
receita no quadrimestre também cresceu, alcançando US$ 3,49 bilhões, uma alta de 15,5% em relação aos US$ 3,02 bilhões registrados de janeiro a abril de 2024.
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, os números de abril reforçam a trajetória de crescimento nas vendas externas da carne de frango ao longo do ano. Ele destaca a manutenção de volumes elevados e o aumento constante na arrecadação, impulsionados pela diversificação dos destinos e pelo bom desempenho em mercados como União Europeia e África do Sul, que compensaram as reduções nas compras feitas por países como China e Japão.
Entre os principais compradores no mês de abril, destacam-se:

- China: 51,9 mil toneladas (-10% em relação a abril/24), com receita de US$ 127,1 milhões (-1,5%);
- União Europeia: 26,8 mil toneladas (+42,8%), com receita de US$ 83,5 milhões (+65,2%);
- África do Sul: 26,5 mil toneladas (-3,3%), gerando US$ 14,9 milhões (-3,4%);
- México: 18 mil toneladas (-4,6%), com receita de US$ 42,7 milhões (-5,6%);
- Filipinas: 26,9 mil toneladas (-8,6%), mas com leve alta na receita: US$ 22,5 milhões (+1,1%).
No recorte por estados, o Paraná se manteve como principal exportador, com 187,3 mil toneladas em abril, apesar da queda de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2024. Em seguida aparecem Santa Catarina, com 108,3 mil toneladas (+4,2%), Rio Grande do Sul, com 64,8 mil toneladas (-6,4%), São Paulo, com 27,7 mil toneladas (+6,5%) e Goiás, com 24,6 mil toneladas (+5,9%).
A ABPA prevê a continuidade desse ritmo de crescimento ao longo do primeiro semestre.