O novo pacote tarifário de 50%, imposto pelo governo de Donald Trump, vai atingir diretamente apenas parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos.
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), 44,6% do valor exportado pelo Brasil em 2024 ficará fora da medida, graças a uma lista com cerca de 700 exceções.
Exportações brasileiras

Os produtos isentos, que incluem itens como aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro, continuarão sendo taxados em até 10%, como já definido anteriormente em abril.
Assim, o novo tarifaço afetará, de fato, 35,9% das exportações brasileiras ao mercado norte-americano.
Outros 19,5% das exportações seguem sendo submetidos a tarifas específicas, aplicadas desde maio com base em justificativas de segurança nacional.
Nessa categoria estão autopeças, automóveis e outros bens industriais. O aço, alumínio e cobre, por exemplo, enfrentam agora a nova alíquota de 50%, mas continuam enquadrados nesse grupo devido às regras anteriores, estabelecidas ainda em fevereiro.
Produtos excluídos

Somando os produtos excluídos do tarifaço (44,6%) e aqueles sujeitos a tarifas já existentes (19,5%), o governo calcula que 64,1% das exportações brasileiras continuarão competindo com produtos de outros países sob condições similares no mercado dos EUA.
Segundo o Mdic, esse levantamento é preliminar e considera as exportações realizadas ao longo de 2024. A pasta ainda aguarda esclarecimentos sobre algumas especificações técnicas de produtos que podem ou não estar incluídas nas exceções.
O ministério também informou que os bens já embarcados no Brasil até sete dias após a assinatura da ordem executiva não serão afetados pelas novas tarifas, desde que cumpram os critérios estabelecidos na decisão oficial, emitida na última quinta-feira (30).
Com informações da Agência Brasil*