O Dia Internacional do Café, criado pela Organização Internacional do Café (OIC) em 2015, completou dez anos nesta terça-feira (1º).
A data reforça a importância da bebida mais consumida do mundo depois da água e a relevância da cafeicultura brasileira no cenário global.
Funcafé
Atualmente o Brasil é o maior produtor e exportador de café, responsável por mais de 8% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), o equivalente a R$ 115,3 bilhões, segundo dados de agosto.
Para a safra 2025/26, a estimativa é de 55,2 milhões de sacas, crescimento de 1,8% em relação ao ciclo anterior, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Um dos principais instrumentos de apoio ao setor é o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), criado em 1986 e regulamentado no ano seguinte. O mecanismo é administrado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e busca garantir liquidez e estabilidade diante de crises climáticas ou de mercado.

Para a próxima safra, o Funcafé deve disponibilizar R$ 7,18 bilhões em financiamentos, valor 4% superior ao destinado em 2024/25. Os recursos são voltados para produção, comercialização, capital de giro e recuperação de cafezais, além de projetos de sustentabilidade e inovação, como reaproveitamento de resíduos, logística reversa e redução de perdas industriais.
O fundo também mantém linhas específicas para cooperativas, agricultores familiares e indústrias de torrefação e café solúvel, reduzindo desigualdades no acesso ao crédito.
Parte dos recursos é destinada ainda à pesquisa, capacitação técnica e promoção do café brasileiro, em parceria com o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa.
Agricultura: Cade mantém Moratória da Soja até 2025 e define fim do acordo em 2026