Os números oficiais referentes a moagem de cana devem ser publicados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) ainda no início desta semana. Entretanto, a expectativa dos analistas da área é de que a moagem deva variar entre 33,3 milhões de toneladas e 38,5 milhões de toneladas, com uma média de 35,6 milhões de toneladas. Caso esses números sejam confirmados, o volume médio irá representar uma baixa de 14,1% no período anual.
Antes de tudo, os analisas ressaltam que é preciso lembrar que apesar de estar acelerada, a safra Centro-Sul se encontra atrasada, quando em comparativo com o ano de 2021. Outro ponto importante é o fato de que as usinas tem desviado mais cana-de-açúcar para a produção de etanol do que no mesmo período do ano anterior. A justificativa é pela lucratividade que o combustível tem trazido, em comparação ao lucro na produção de açúcar.
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Outra expectativa do levantamento é de que o mix de açúcar fique na faixa dos 40,9%, em relação aos 46% do ano passado. Já em a fabricação de etanol, feito de cana-de-açúcar, espera-se que este totalize em 1,58 bilhões de litros, o que representa uma baixa de 14,2%. Com base em uma análise feita pela Platts, o hidratado em uma usina de Ribeirão Preto – São Paulo, quando convertido em equivalente ao açúcar bruto, ficaria com uma margem de 20,27 centavos de dólar por libra-peso. Isso quer dizer que, o combustível está sendo mais lucrativo do que o açúcar cristalizado.
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O levantamento espera que o Açúcar Total Recuperável (ATR) deve ser de 122,3 kg/t nesta quinzena, o que significa uma baixa de 7% no ano. As condições climáticas da região Centro-Sul se mostram um ponto importante, tendo em vista que estas foram favoráveis para o processo de moagem durante a primeira quinzena do mês de maio.