Foi anunciado que o mercado mexicano para a carne suína brasileira foi expandido, permitindo agora que o Brasil exporte o produto in natura diretamente aos consumidores, sem a necessidade de processamento térmico prévio.
Em conformidade com os requisitos sanitários e o Certificado Sanitário Internacional (CSI) acordados entre os dois países no último dia 10, a carne suína crua, inteira ou em pedaços, incluindo CMS (Carne Mecanicamente Separada) e toucinho, pode ser comercializada sem restrições no comércio direto.

Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, esta é uma excelente notícia para o início do governo Lula, e uma prova de que o mundo está abrindo as portas para o agronegócio brasileiro.
Ele enfatizou ainda a importância de aproveitar esse momento favorável e continuar ampliando os mercados para os produtos nacionais e destacou que o mercado mexicano tem um volume de cerca de 1,5 milhão de toneladas por ano, o que representa um avanço significativo para a produção de carne suína do Brasil.
México retira restrições para carne suína brasileira

Conforme informações divulgadas pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os requisitos sanitários e o Certificado Sanitário Internacional (CSI) negociados em novembro do ano passado, estabeleciam que a carne suína exportada para o México deveria ter processamento térmico, e o importador deveria ser um estabelecimento do tipo SIF (Serviço de Inspeção Federal), com todo o processo de comercialização rastreado.
Dessa forma, a restrição permitia somente um pequeno grupo de empresas no ramo de processamento de carnes importar carne suína brasileira. A partir de agora, qualquer rede de supermercados, trading ou importador direto pode importá-la.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), a expansão do mercado mexicano para a carne suína brasileira representa um grande potencial para a proteína animal no Brasil, e a demanda atende à necessidade do México de aumentar o volume de oferta para sua população.
Atualmente, seis plantas de abate e processamento já estão habilitadas para exportar carne suína para o México, e há previsão de que mais três sejam autorizadas. As plantas que serão habilitadas já estão autorizadas a exportar carne suína para os Estados Unidos e Canadá.
De acordo com informações da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), o México foi o segundo maior importador mundial de carne suína in natura em 2021, com um volume de 917 mil toneladas, ficando atrás apenas da China.