A Petrobras anunciou nessa terça-feira (9/4) a acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar. A descoberta foi confirmada no poço exploratório Anhangá, que está situado próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, na Margem Equatorial brasileira.
De acordo com o informado, a acumulação foi localizada em uma profundidade de 2.196 metros e em um ponto localizado a aproximadamente 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.
Descoberta de petróleo na Margem Equatorial
Esta não é a primeira vez que a Petrobras descobre a presença de petróleo na Bacia Potiguar. A companhia já havia anunciado a descoberta no Poço Pitu Oeste, a cerca de 24 km de Anhangá.
“Tais descobertas ainda merecem avaliações complementares. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação”, disse a companhia em nota.
A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. Portanto, é uma região geográfica e considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás.
No Seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatros anos.
Em maio do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou o pedido da Petrobras para realizar a atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59, que está localizado na bacia da Foz do Amazonas.
Preocupação com a exploração de petróleo
A exploração de petróleo na Margem Equatorial desperta preocupações de grupos ambientalistas, que veem risco de impactos à biodiversidade. Porém, os poços de Anhangá e Pitu Oeste, estão distante da foz do Rio Amazonas, pois é considerada a localidade mais sensível.
Na nota divulgada pela Petrobras, a companhia destacou que a perfuração ocorreu sem qualquer incidente, reforçando o compromisso da companhia com o respeito às pessoas e ao meio ambiente. Ainda foi afirmado que o histórico de 3 mil poços perfurados em ambiente de águas profundas e ultraprofundas confirma sua capacidade técnica para operar com segurança.
“As atividades exploratória na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética”, destaca a nota.