O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,4% no segundo trimestre de 2025 em relação aos três primeiros meses do ano, atingindo R$ 3,2 trilhões.
O resultado superou ligeiramente as expectativas do mercado, que projetavam crescimento de 0,3%, segundo estimativas da Agência Estado e da Bloomberg.
PIB no segundo trimestre de 2025
Apesar do avanço, o ritmo desacelerou em comparação ao primeiro trimestre, quando o PIB cresceu 1,4% frente ao último trimestre de 2024.
O crescimento do período foi impulsionado pelo consumo das famílias, que subiu 0,5%, e pelas exportações, com alta de 0,7%. Por outro lado, o consumo do governo recuou 0,6%, enquanto os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, caíram 2,2%. O aumento no consumo das famílias é atribuído a fatores como mercado de trabalho aquecido, maior rendimento médio do trabalhador e distribuição de benefícios sociais.
Pelo lado da oferta, serviços e indústria registraram expansão de 0,6% e 0,5%, respectivamente, enquanto a agropecuária apresentou leve retração de 0,1%. Na comparação anual, com o segundo trimestre de 2024, o PIB cresceu 2,2%. No acumulado de 2025, o avanço é de 2,5%, e nos últimos quatro trimestres, o crescimento alcança 3,2%.
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O setor agropecuário, embora tenha registrado queda marginal no trimestre, mostra desempenho robusto em bases anuais. Comparado ao mesmo período de 2024, o setor cresceu 10,1%, tanto em lavoura quanto em pecuária.
A estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projeta que o PIB agropecuário encerre 2025 com alta de cerca de 7%, elevando sua participação no PIB nacional de 5,6% em 2024 para 7% neste ano.
Entre os subsetores, houve destaque positivo da indústria extrativa (5,4%), atividades financeiras (2,1%), setor de informação e comunicação (1,2%) e transporte, armazenagem e correios (1%). Por outro lado, registraram queda os setores de eletricidade, gás, água e gestão de resíduos (-2,7%), indústria de transformação (-0,5%) e administração pública, saúde, educação e seguridade social (-0,4%).
No campo, o levantamento do IBGE apontou crescimento expressivo de culturas como milho (20%), soja (14%) e café robusta (17%), refletindo no desempenho geral da agropecuária. Algumas culturas, porém, tiveram queda, como castanha-de-caju (-9%), café arábica (-6%) e cana-de-açúcar (-2%).