O Banco Central elevou novamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023. Desta vez, a estimativa é que a expansão passe de 2% para 2,9%.
A instituição também projeta um aumento da inflação em 5%.
Crescimento do PIB e da economia brasileira
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no segundo trimestre de 2023 a economia brasileira superou as projeções e cresceu 0,9% na comparação com os três primeiros meses.
Já em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. Sendo assim, o PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses.
Portanto, com a projeção de crescimento da economia brasileira em 2023 sendo revisada de 2% para 2,9%, a projeção para 2024 é de um aumento de 1,8%.
Vale ressaltar que no primeiro trimestre deste ano, o setor agropecuário puxou o crescimento do PIB de 1,9%, após os resultados favoráveis das safras recordes de soja e milho, mas em 2024 não deve ser responsável por alavancar o crescimento do PIB.
“Os impactos diretos e indiretos da forte alta da agropecuária no primeiro semestre de 2023 devem se dissipar no restante do ano e, para 2024, não se projeta alta tão expressiva do setor”, avalia o BC.
Setores contribuintes
Em 2022, a economia brasileira cresceu 2,9%, após alta de 5% em 2021 e recuo de 3,3% em 2020 e o setor de serviços foi o que mais contribuiu para o crescimento do PIB.
A estimativa para o crescimento da agropecuária passou de 10% para 13%, uma melhora para a produção agrícola, principalmente de soja, de milho e de cana-de-açúcar, além de crescimento do abate de animais no primeiro semestre maior do que o antecipado.
Para o setor de serviços a projeção foi revista de 1,6% para 2,1%, com melhora nas previsões para todas as atividades, com exceção do comércio que segue com previsão de recuo em 2023.
Inflação
Em relação a inflação, o índice acumulado em 12 meses aumentou de 3,9% em maio para 5% em agosto. O BC ainda projeta que a taxa básica de juros fique em 11,75% ao ano e câmbio em R$ 4,90.
Para 2024 e 2025 a expectativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fique em 3,5% e 3,1% respectivamente. Dessa forma, a taxa Selic chega ao final de 2024 e 2025 em 9% e 8,5% ao ano.