O setor agroindustrial foi fortemente afetado pela retração de preços em diversos segmentos da indústria em maio de 2025. Dados do IPP (Índice de Preços ao Produtor) mostram que alimentos, refino de petróleo e biocombustíveis, produtos químicos e indústrias extrativas, puxaram a média da indústria para baixo.
A produção de alimentos voltou a registrar queda nos preços (-1,33%), pressionada pelo açúcar, derivados de soja e óleos vegetais, reflexo da safra e da valorização do real.
Índice de Preços ao Produtor

No acumulado de 2025, o setor recuou 2,81%, embora em 12 meses os preços ainda acumulem alta de 10,99%, com destaque para sucos de laranja, impulsionados pela demanda externa.
Nos combustíveis, o óleo diesel teve nova queda, ajudando a reduzir o custo do transporte e da produção agrícola. O setor de refino acumulou retração de 2,98% no ano, com variação anual positiva de apenas 0,68%.
Já os preços dos produtos químicos, como fertilizantes e aditivos para ração animal, caíram 3,11% em maio, apesar da leve alta de 0,34% no ano. A redução foi puxada por itens essenciais para o agronegócio, como lisina, fertilizantes NPK e resinas, com justificativas ligadas à queda de demanda e ajustes sazonais.

As indústrias extrativas, que englobam petróleo e minérios, acumularam queda de 15,03% em 2025. O recuo nos preços de óleos brutos de petróleo ajudou a aliviar os custos de insumos energéticos usados na produção agropecuária.
Mesmo com oscilações setoriais, o agro segue se beneficiando da desaceleração de preços em cadeia, o que pode favorecer o custo de produção e a margem de rentabilidade no segundo semestre.
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