A taxa de inadimplência entre produtores rurais chegou a 8,1% no segundo trimestre de 2025, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (12) pela Serasa Experian.
O índice, que considera um universo de 10,5 milhões de produtores de diferentes portes, mostra que o endividamento no campo segue em trajetória de alta pelo terceiro ano consecutivo.
Taxa de inadimplência entre produtores rurais

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o avanço foi de 0,3 ponto percentual, variação considerada estável pela Serasa.
No entanto, quando comparado ao segundo trimestre de 2022, início da série histórica, o aumento médio é de 1 ponto percentual por ano, indicando um agravamento gradual do cenário financeiro no agronegócio.
Entre os fatores que explicam esse resultado estão o aumento dos custos de produção, as oscilações de preços das commodities e o encarecimento do crédito rural, que vem limitando a capacidade de pagamento de muitos produtores.
Norte lidera a inadimplência

A pesquisa mostra que o Amapá concentra a maior taxa de inadimplência do país, com 19,5% dos produtores em atraso. Em seguida vem o Amazonas, com 13,9%. Na outra ponta, os Estados do Sul registram os menores índices, mesmo enfrentando problemas climáticos desde 2021. O destaque é o Rio Grande do Sul, que apresenta apenas 4,9% de inadimplentes.
O estudo também aponta que o endividamento é mais elevado entre os produtores sem o Cadastro Ambiental Rural (CAR), como arrendatários e grupos familiares, que somam 10,5% de inadimplência
Segundo a Serasa, esse público tem margens de lucro menores por conta dos custos com arrendamento, enquanto os grandes produtores tendem a se endividar mais devido ao maior apetite ao risco.
- Avicultura:
Confira a taxa de inadimplência por porte de produtor:
- Grandes produtores: 9,2%
- Médios produtores: 7,8%
- Pequenos produtores: 7,6%







