O ano de 2024 foi marcado por inúmeras consequência da seca na Amazônia e no Pantanal.
Conforme as medições realizadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), os rios atingiram os menores níveis da série histórica.
Extremo da seca na Amazônia e no Pantanal
De acordo com os dados, em um período de pouco mais de um ano, entre 1º de setembro de 2023 e o final de outubro de 2024, o monitoramento dos técnicos do SGB, na Bacia do Rio Amazonas, constatou 85 mínimas históricas, sendo assim, os menores níveis atingidos desde o início das medições.
Com base no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil enfrentou em 2024 a maior seca, em extensão e intensidade, dos últimos 70 anos.
Já em setembro, 4.748 cidades do Brasil (mais de 80% do total de municípios do país) enfrentavam algum grau de seca, sendo que 1.349 encontravam-se em níveis severos e extremos.
Diante desse cenário, o atraso e a demora da estação chuvosa influenciaram diretamente na capacidade de recuperação dos rios. Apesar da retomada das chuvas em pontos do centro-norte do país, a Bacia do Rio Amazonas ainda apresenta uma classificação de seca extrema, conforme os dados SGB.
Menores índices históricos nas estações
Além dos baixos índices citados acima, o 50º boletim hidrológico do ano, referente à Bacia do Rio Amazonas, aponta que todos os pontos monitorados registraram os menores índices da série histórica em 2024.
O Rio Solimões chegou a -29 cm na estação da comunidade de Itapéua (AM), a menor marca em 53 anos.
Por sua vez, o Rio Amazonas superou em 2024 os recordes negativos de 2023, ano de seca mais severa até então. Em Itacoatiara (AM), chegou a -18 cm, este ano, ante os 36 cm mínimos do ano passado.
Já no Pantanal, em 2024 além da situação em Ladário (MS), os maiores índices negativos da série histórica foram registrados em Barra do Bugres (MT) e Porto Murtinho (MS). Na primeira cidade, o Rio Paraguai chegou a 22 cm em 20241 o menor nível, até então, havia sido de 28 cm em 1967.