A produção de organismos aquáticos, conhecida como aquicultura, tem ganhado destaque como uma prática estratégica para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.
Combinando geração de renda, oferta de alimentos e menor impacto ambiental, a atividade já responde por mais da metade do pescado consumido no planeta.
Aquicultura e mudanças climáticas

Conforme o Ministério da Pesca e Aquicultura, Peixes como a tilápia, camarões e mexilhões são exemplos de espécies cultivadas com eficiência no uso de ração e sem emissão significativa de metano, um dos principais gases de efeito estufa.
Outro exemplo promissor é o cultivo de algas marinhas, que além de absorverem grandes volumes de CO₂ durante seu crescimento, dispensam fertilizantes e têm aplicações diversas, desde alimentação até cosméticos e biocombustíveis. Estudos recentes também apontam que esse cultivo pode contribuir para reduzir a acidificação dos oceanos.
Além da mitigação climática, a aquicultura também apresenta soluções de adaptação. Moluscos como ostras, criados em regiões costeiras, atuam como filtros naturais que melhoram a qualidade da água e favorecem a biodiversidade marinha.
Já a expansão da criação de camarões para áreas do interior do Nordeste brasileiro tem gerado novos empregos e impulsionado economias locais.
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Sistemas inovadores

O setor ainda aposta em sistemas inovadores como a Aquicultura Multitrófica Integrada (AMTI) e os Sistemas de Recirculação de Água (RAS), além da escolha de espécies adaptadas a variações climáticas, como parte de uma agenda voltada à resiliência ambiental.
Em países com vasto litoral e abundância de recursos hídricos, como o Brasil, a aquicultura tem potencial para fortalecer a chamada economia azul, contribuir para a segurança alimentar e diversificar a base econômica de regiões costeiras e interiores.