Durante a COP30, a Embrapa reforçou a relevância do monitoramento de secas como parte das estratégias de sustentabilidade na agropecuária
Em 11 de novembro, na programação da AgriZone, o público conheceu os avanços do Programa Monitor de Secas do Brasil, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e desenvolvido em parceria com mais de 60 instituições, entre elas secretarias estaduais e órgãos de defesa civil.
Monitoramento de secas na COP30

Monitor de Secas atua como uma ferramenta de acompanhamento contínuo da intensidade e dos impactos do fenômeno no território nacional. O modelo combina informações meteorológicas, hidrológicas, agrícolas e observacionais, resultando em mapas regionais que retratam a evolução das secas no país. Um dos diferenciais do programa é a validação de dados feita por observadores locais.
Criado em 2014 como projeto-piloto no Nordeste, o programa foi ampliado gradualmente e, desde janeiro de 2024, abrange todo o território brasileiro.
A produção dos mapas envolve uma rede articulada de autores, validadores e observadores distribuídos por blocos regionais, com um ciclo mensal de análise que dura cerca de duas semanas.
Ferramenta para políticas públicas

O Monitor de Secas se consolidou como instrumento de apoio à gestão pública.Entre os desafios atuais, estão o reforço das redes de observadores na Amazônia, onde há menor densidade de monitoramento, e a criação de um banco de impactos regionais, que permitirá detalhar os efeitos da seca em diferentes biomas. desde a interferência na navegação na Amazônia até os impactos sobre a agricultura no Nordeste.
Também estão em desenvolvimento tabelas regionais de impactos, adaptadas à realidade brasileira e voltadas para setores como agricultura, pecuária, recursos hídricos e incêndios florestais, substituindo modelos estrangeiros.
No campo da cooperação internacional, está sendo articulado parcerias com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e o Centro de Investigação do Fenômeno El Niño (CIFEM) para a criação de um Monitor de Secas da América do Sul, que deve ampliar o intercâmbio de dados e experiências no enfrentamento da escassez hídrica.







