O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou, nesta terça-feira (14/03), o Boletim Mensal de Energia, de dezembro de 2022, que cita fontes renováveis no Brasil. Conforme o relatório, a oferta de energia hidrelétrica em 2022 aumentou em mais de 16% em relação ao ano anterior.
Além disso, houve um forte aumento na geração de energia elétrica por meio da energia solar fotovoltaica, com crescimento de mais de 78%, e da energia eólica, com avanço de mais de 12%.
Por outro lado, a geração térmica a carvão mineral e a gás natural teve uma grande queda no ano, superior a 50% em cada uma dessas fontes. Com isso, os dados evidenciam um avanço significativo no índice de renovabilidade das matrizes energéticas do país.
Vale destacar que a matriz elétrica engloba não só a Geração Centralizada, mas também a Geração Distribuída (GD), a Autoprodução de Energia (APE) e os Sistemas Isolados. Quando se considera apenas a geração centralizada, a renovabilidade pode ultrapassar os 90%.
Participação de fontes renováveis na matriz energética cresce 3% em um ano

Em relação aos avanços na matriz energética, o boletim estima um aumento de 3 pontos percentuais (p.p), indo de 44,7% em 2021 para 47,7% em 2022, o que representa um importante avanço na participação de fontes renováveis. Na matriz elétrica, a expectativa é que a participação alcance mais de 87%, um crescimento significativo em comparação com os 78,1% registrados em 2021.
Além disso, prevê-se um crescimento de 2,6% no Consumo Final de Energia e cerca de 3% na oferta Interna de Energia Elétrica.
No que diz respeito à produção de petróleo e gás natural, a publicação destaca que ela atingiu novos recordes no decorrer do ano, graças ao aumento da produção no pré-sal, que cresceu a uma taxa superior à redução na produção do pós-sal.
Estimativa de preços

Apesar das recentes variações na cadeia energética global, os preços de combustíveis e eletricidade apresentaram uma tendência de queda, como indicado pelo Boletim Mensal de Energia. A gasolina C e o etanol hidratado, por exemplo, tiveram reduções de 25,5% e 25,3%, respectivamente. Já as tarifas de eletricidade tiveram quedas de 20,0%, 18,9% e 19,5% para os setores residencial, comercial e industrial, respectivamente.
As quedas são resultado da Lei Complementar nº 194/2022, que definiu combustíveis, gás natural e energia elétrica como bens e serviços essenciais e indispensáveis para fins de tributação.
No acumulado do ano em relação a 2021, os preços da gasolina e etanol subiram 5,7% e 2,0%, respectivamente. Enquanto isso, as tarifas de energia tiveram queda de 2,4% no setor residencial e alta de 0,6% e 0,8% nos setores comercial e industrial, respectivamente.