O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Fund – TFFF) foi anunciado neste sábado (4) como um dos finalistas do Prêmio Earthshot 2025, iniciativa criada pelo Príncipe William, do Reino Unido, para reconhecer soluções de impacto global na preservação ambiental e no enfrentamento das mudanças climáticas.
Desenvolvido sob liderança do governo brasileiro, o TFFF propõe um novo modelo de financiamento que atribui valor econômico às florestas em pé, considerado um dos mecanismos financeiros mais ambiciosos já voltados à conservação.
Prêmio Earthshot 2025

A proposta, que reúne dez países do Norte e do Sul globais, além de representantes de povos indígenas e comunidades locais, será oficialmente lançada durante a COP30.
O fundo pretende criar um investimento global estimado em US$ 125 bilhões, sendo US$ 25 bilhões em aportes soberanos e US$ 100 bilhões de investidores privados, para garantir renda permanente a países tropicais que mantenham suas florestas preservadas.
Segundo o plano, a iniciativa pode proteger mais de 1 bilhão de hectares de floresta em mais de 70 países. Pelo menos 20% dos recursos deverão ser destinados diretamente a povos indígenas e comunidades locais.
Em setembro, durante evento na ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a contribuição inicial de US$ 1 bilhão do Brasil ao TFFF, tornando o país o primeiro a se comprometer com o financiamento da iniciativa, condicionado à adesão de outros governos.
Para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o projeto representa uma nova forma de encarar o valor das florestas tropicais.
Entenda o que é o prêmio

O Earthshot Prize recebeu cerca de 2,5 mil indicações nesta edição. Destas, 15 propostas foram selecionadas como finalistas após avaliação de um painel global com mais de 100 especialistas em conservação, ciência, negócios, finanças e políticas públicas.
Os vencedores serão escolhidos pelo Príncipe William e pelo Conselho do Prêmio Earthshot, presidido por Christiana Figueres, uma das principais articuladoras do Acordo de Paris. O grupo conta ainda com nomes como a Rainha Rania Al Abdullah, Cate Blanchett, José Andrés, Nemonte Nenquimo e Ngozi Okonjo-Iweala.
As iniciativas concorrentes estão alinhadas aos cinco grandes objetivos do prêmio, conhecidos como Earthshots, que buscam inspirar soluções inovadoras para restaurar o planeta.
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