Durante a Cúpula do Clima de Belém, realizada nesta quinta-feira (6), o governo brasileiro apresentou o Chamado à Ação pelo Manejo Integrado do Fogo e Resiliência a Incêndios Florestais, uma iniciativa que recebeu adesão de 50 países e três organizações internacionais.
O movimento propõe fortalecer práticas sustentáveis de prevenção e combate aos incêndios, integrando aspectos ecológicos, sociais e técnicos.
Ação pelo Manejo Integrado do Fogo e Resiliência a Incêndios Florestais

O lançamento reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o chanceler Mauro Vieira, além de outros chefes de Estado, em um dos principais encontros preparatórios para a COP30.
A proposta reforça o manejo integrado do fogo como prioridade global, estimulando a cooperação entre países, instituições e comunidades.
O objetivo é ampliar o compartilhamento de tecnologias, conhecimentos e recursos, reconhecendo que os incêndios florestais são desafios que ultrapassam fronteiras e exigem respostas conjuntas entre governos, sociedade civil, povos indígenas e setor privado.
O documento também incentiva uma mudança de foco, da reação para a prevenção, valorizando o uso tradicional e sustentável do fogo por povos e comunidades locais e defendendo o fortalecimento das capacidades nacionais e regionais para lidar com emergências ambientais.

Além disso, o Chamado reafirma o compromisso internacional de conter e reverter o desmatamento e a degradação florestal até 2030, meta assumida por quase 200 países na COP28, em Dubai.
O Brasil tem apresentado avanços nessa agenda: segundo dados do Inpe (Prodes), entre agosto de 2024 e julho de 2025, o desmatamento na Amazônia caiu 11,08%, marcando o terceiro ano consecutivo de redução e um declínio acumulado de 50% em relação a 2022. No Cerrado, a queda foi de 11,49% no mesmo período.







