O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) participou, na última semana, da terceira reunião da Sala de Situação sobre Incêndios, realizada no Palácio do Planalto.
O encontro, coordenado pela Casa Civil, reuniu representantes de diferentes órgãos federais para alinhar medidas de enfrentamento aos incêndios florestais em todos os biomas do país.
Enfrentamento contra incêndios florestais

Na pauta, foram apresentados o cenário climático, as projeções para a Conferência do Clima de 2025 (COP30) e estratégias para reduzir o risco de ignições e acelerar o tempo de resposta em situações críticas.
De acordo com o MMA, as análises climáticas indicam que a seca deste ano apresenta intensidade menor em relação a 2024, o que deve contribuir para uma redução na área atingida por queimadas. Ainda assim, Amazônia e Pantanal seguem como regiões de maior atenção para os próximos meses.
O grupo discutiu estratégias para o período mais crítico, previsto entre outubro e novembro, e ouviu a apresentação do Programa Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PEPIF), elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará, que adota o manejo integrado do fogo como base de atuação.
Entre as principais medidas em curso pelo governo federal em 2025 estão:

- Contratação de 4.385 brigadistas, o maior efetivo já registrado, distribuídos entre Ibama e ICMBio;
- Ampliação da frota aérea com 11 novos helicópteros para transporte de equipes e combate direto ao fogo;
- Destinação de R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar os Corpos de Bombeiros da região, além de R$ 150 milhões para unidades no Cerrado e no Pantanal;
- Publicação de normas que permitem maior agilidade na contratação de brigadistas e o uso de aeronaves estrangeiras em emergências ambientais;
- Criação de planos de ação específicos para todos os biomas brasileiros até 2027;
- Campanhas de prevenção direcionadas a estados que enfrentaram maior número de queimadas em 2024;
- Sanção de leis e decretos que ampliam as penalidades para crimes ambientais e fortalecem a transferência de recursos a estados e municípios.
O MMA também informou que, desde o início do ano, promove reuniões periódicas com especialistas e universidades para acompanhar as tendências climáticas e avaliar riscos de grandes incêndios.
Além disso, planos regionais de combate foram concluídos para o Pantanal e estão em fase final de publicação para a Amazônia Legal.
Com esse conjunto de medidas, o governo busca reforçar a prevenção, ampliar a capacidade de resposta e reduzir os impactos dos incêndios florestais na temporada de 2025.