Com a chegada do período chuvoso, o Governo de Goiás, tem orientado os donos de barragens goianos a adotar medidas protetivas para garantir a segurança dos reservatórios e, principalmente, às pessoas que moram em locais próximos às barragens.
Diante dos desastres de grande repercurssão nacional, além de centenas de vítimas, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) vem chamado a atenção para os riscos de rompimentos de barragens com as chuvas.
De acordo com a secretária da pasta, Andréa Vulcanis, os donos de barragens devem estar atentos à situação da estrutura dos reservatórios, como fissuras, abaulamento e árvores que possam provocar instabilidades, sobretudo, em casos de aumento no volume de água. Outro ponto de atenção deve ser a vazão dos reservatórios que, em caso de entupimento, pode sobrecarregar a barragem.
Segundo o levantamento do Cadastro Ambiental Rural, Goiás conta hoje com mais de 30 mil acumulações hídricas em todo o estado. Além disso, estima-se que, destes, aproximadamente 10,2 mil possuem área superior a 01 hectare, ou seja, 10 mil m².
A Semad criou, em 2020, o Sistema de Cadastramento de Barragens como forma de garantir a segurança dos reservatórios e dos cidadãos. A pasta também iniciou uma campanha permanente de conscientização junto aos donos de barragens e, atualmente, mais de 6,3 mil reservatórios de diferentes portes já estão regularizados e mais de 1,3 mil já foram classificados.
Os proprietários que quiserem regularizar a sua barragem, pode fazê-lo clicando aqui.
Donos de barragens devem estar prontos para comunicar possíveis emergências
A Semad também orienta que os donos de barragens estejam sempre prontos para comunicar às Defesas Civis municipais da região onde se encontram, qualquer emergência relacionada ao comprometimento dos reservatórios.
Além disso, a pasta pede que seja criada uma rede de comunicação entre os vizinhos e comunidades que estejam em um raio de 10 quilômetros da represa.
“Qualquer situação extrema deve ser levada às autoridades para que as medidas emergenciais, principalmente evacuações, sejam aplicadas imediatamente”, destaca a secretária Andréa Vulcanis.
Medidas a serem tomadas
Com o solo encharcado, os riscos de rompimento aumentam e alguns cuidados precisam ser tomados, como a verificaração das condições dos extravasores e sua limpeza, para que a água possa ser escoada sem nenhuma obstrução.
Outra situação de potencial risco, é o galgamento do vertedouro que, com as cheias, levam a ocupação quase completa da vazão. Cenários como esse devem ser tratados com seriedade.
Além disso, o proprietário da barragem deve isolar o acesso à propriedade em caso de o nível da água ultrapassar o máximo maximorum e abrir 100% a tomada d’água e a descarga de fundo. O empreendedor deve, também, deve ler e registrar o nível d’água do reservatório, em caso de enchente.
A Semad orienta ainda que seja inspecionado o vertedouro, o seu canal de restituição, da tomada d’água e da descarga de fundo, afim de identificar problemas estruturais ou obstruções que devam ser corrigidas o mais rápido possível.
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Em caso de cheias excepcionais que façam o reservatório ultrapassar o nível máximo maximorum e que exista moradias ou áreas industriais ao longo de 10 km, a Coordenadoria de Defesa Civil do município deve ser imediatamento comunicada.
Se houver risco de transbordamento, o dono do reservatório deve informar os moradores residentes ao longo da do rio e ao proprietário da primeira barragem situada rio abaixo, caso existente, sobre a situação. A orientação é para que todos fiquem em alerta para eventual evacuação.