O Comitê Orientador do Fundo Ambiental da Bacia do Rio Doce estabeleceu as primeiras diretrizes para seleção de projetos voltados à recuperação ambiental da região.
O grupo, criado no âmbito do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), integra o processo de reparação relacionado ao rompimento da barragem do Fundão, ocorrido em Mariana (MG).
Fundo Ambiental da Bacia do Rio Doce

Durante a reunião, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, destacou que o colegiado tem papel central na condução das ações previstas na área ambiental, lembrando que os impactos do desastre ainda afetam comunidades e ecossistemas ao longo da bacia.
Entre as prioridades definidas estão iniciativas de pagamento por serviços ambientais, ações de conservação da biodiversidade, estímulo às cadeias da bioeconomia e estratégias de restauração florestal. Propostas direcionadas à recuperação de água e solo também foram incluídas.
O comitê ainda discutiu a proposta de recomposição da vegetação nativa da bacia, que seguirá em elaboração a partir das sugestões apresentadas pelos membros.
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A reunião também trouxe um panorama do Novo Acordo do Rio Doce, firmado em 2024. O entendimento prevê R$ 132 bilhões para programas de reparação, incluindo transferência de renda, recuperação de áreas degradadas, remoção de sedimentos, reassentamento de moradores e pagamento de indenizações.
Do total, R$ 100 bilhões serão executados pelo poder público e R$ 32 bilhões correspondem a obrigações das empresas envolvidas, com execução prevista ao longo de 20 anos.
Criado pela Portaria GM/MMA nº 1.439/2025, o comitê reúne representantes do MMA, Ibama, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, além de governos estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo, entidades da sociedade civil e setor privado ligados à região. Também participaram da reunião integrantes das secretarias do MMA.







