Durante um painel, elaborado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) para a Semana da Água, a superintendente de Resíduos Sólidos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Ellen Dânia, chamou a atenção para os danos causados por descarte inadequado de lixo em rios e águas subterrâneas.
De acordo com Dânia, as consequências dessas práticas têm um impacto direto na qualidade da água que é consumida e, consequentemente, na saúde pública. Ela alerta que a contaminação dos mananciais pode favorecer a transmissão de doenças como hepatite, cólera e leptospirose pela água.
A superintendente destaca ainda que o despejo inadequado de lixo eletrônico, hospitalar e industrial pode comprometer a qualidade do rio e a saúde dos consumidores de água devido à grande quantidade de metais pesados presentes nesses materiais.
Além disso, a contaminação do solo e dos rios é agravada pelo chorume, que pode conter diferentes compostos orgânicos, e se não houver um sistema de captação e tratamento adequado, pode contaminar o lençol freático.
Nesse caso, a água contaminada precisa ser tratada antes de ser utilizada. Todos esses fatores, segundo a superintendente, afetam diretamente a qualidade da água e a saúde pública.
Logística reversa é uma alternativa para evitar o descarte inadequado de lixo
Um processo que pode mitigar o impacto negativo do descarte inadequado de lixo no meio ambiente, é a logística reversa.
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O processo envolve a coleta, transporte, tratamento e disposição final adequada de resíduos sólidos, visando minimizar o impacto ambiental e econômico causado pelo descarte inadequado desses materiais.
Com isso, a logística reversa pode ser aplicada a diversos tipos de resíduos, como embalagens, garrafas, pilhas e baterias, equipamentos eletrônicos, entre outros.
Para implementar a logística reversa, é preciso ter um planejamento eficiente, que envolve a identificação dos resíduos a serem coletados, a definição dos pontos de coleta, a escolha dos transportadores e a destinação final adequada dos materiais.
No âmbito das políticas de resíduos sólidos, o Governo de Goiás está desenvolvendo um projeto de logística reversa.
De acordo com esse projeto, os produtores de embalagens, sejam eles de alimentos ou bebidas, terão a obrigação de recolher, no mínimo, 20% dessa matéria-prima e encaminhá-las para uma destinação ambientalmente adequada, excluindo o uso de aterros sanitários.