A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou, nesta quinta-feira (9), a formação do fenômeno La Niña no Pacífico tropical.
O órgão também prevê que o resfriamento das águas oceânicas deve se manter nos próximos meses.
Fenômeno La Niña no Pacífico tropical

De acordo com o monitoramento da agência, as anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) ficaram abaixo da média desde setembro de 2025, especialmente nas áreas central e oeste do Pacífico equatorial.
Na região do Niño 3.4, principal referência para acompanhamento do fenômeno, as temperaturas oscilaram entre -1,0 °C e -0,5 °C, valores que caracterizam o início de uma La Niña.
A projeção do Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI) reforça essa tendência. Segundo o instituto, há 60% de probabilidade de que o fenômeno se mantenha entre outubro e dezembro de 2025, com intensidade fraca, ou seja, índices variando entre -0,5 °C e -0,9 °C.
Os modelos indicam ainda a possibilidade de transição para condição neutra entre janeiro e março de 2026, embora as incertezas aumentem conforme o horizonte das previsões se estende. Mesmo assim, o cenário atual aponta para uma La Niña persistente ao longo do verão 2025/2026.
Entenda o que é o fenômeno

El Niño é um fenômeno caracterizado pelo aquecimento anômalo das águas do oceano Pacífico na região equatorial, ocorrendo em intervalos irregulares de cinco a sete anos e com duração média entre um e um ano e meio.
Entre junho de 2023 e abril de 2024, o El Niño causou um aumento das áreas de seca na Região Norte, onde a intensidade variou de fraca a extrema em algumas áreas.
Por outro lado, na Região Sul, as áreas com seca moderada a extrema desapareceram gradualmente. No Nordeste, houve áreas com seca severa, que começaram a recuar a partir de março de 2024.