O governador Wilson Lima decretou emergência ambiental em todo o estado do Amazonas devido às queimadas.
Vinte municípios das calhas dos rios Juruá, Purus e Alto Solimões estão enfrentando uma severa estiagem.
O decreto, válido por 180 dias, proíbe o uso de fogo e técnicas de queima controlada, com o intuito de combater as queimadas que têm agravado a situação.
O secretário da Defesa Civil no Amazonas, coronel Máximo, destaca que várias medidas estão sendo implementadas para mitigar os impactos da baixa dos rios e proteger a população.
“Estamos atuando em várias frentes para garantir a segurança dos moradores dessas regiões afetadas, além de trabalhar na conscientização sobre os riscos das queimadas”, afirmou.
Estudo científico
A redução do nível dos rios e as queimadas associadas estão sendo estudadas cientificamente com o apoio de instituições como a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
No ano passado, o Laboratório de Modelagem de Sistema Climático Terrestre (LabClean) emitiu um alerta sobre a possibilidade de uma estiagem de grande impacto.
Consequências devido às queimadas
O professor Francis Wagner, coordenador do LabClean, detalha algumas consequências desse fenômeno climático.
“A redução dos níveis dos rios pode levar a problemas sérios no abastecimento de água e na navegação, afetando diretamente as comunidades ribeirinhas. Além disso, a seca severa contribui para o aumento das queimadas, que, por sua vez, pioram a qualidade do ar e trazem riscos à saúde pública”, explicou Wagner.
O trabalho conjunto entre governo, Defesa Civil e instituições científicas é essencial para enfrentar os desafios impostos pela estiagem e pelas queimadas.
A população é incentivada a seguir as orientações de prevenção e proteção para minimizar os danos durante esse período crítico.