O fortalecimento das ações de bioeconomia na Amazônia está no foco do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que tem se reunido com entidades para conhecer tecnologias, produtos e projetos da instituição relacionados ao tema.
Conforme a ministra do Ministério do Meio Ambiente, a Marina Silva, o tema é de alta relevância pois o país precisa focar no desenvolvimento de produtos sustentáveis da economia florestal.
Ações de bioeconomia na Amazônia
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Na reunião também foi mencionada a assinatura de um termo de cooperação com o Banco da Amazônia, visando apoiar a bioeconomia na região.
Acompanhada da secretária de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, Edel Moraes, Marina ressaltou os esforços do governo em áreas como inovação tecnológica, economia circular e infraestrutura sustentável.
De acordo com a ministra, a ciência desempenha um papel fundamental na formulação de políticas públicas, que devem ser baseadas em dados científicos e no conhecimento das comunidades locais.
O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, apresentou as linhas de pesquisa da instituição, com ênfase nos aspectos relacionados à sociobioeconomia.
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Além disso, ele também ressaltou o desafio de combater a pobreza e a fome na Amazônia, região que enfrenta índices baixos de Desenvolvimento Humano (IDH). Lemos também falou sobre o modelo de bioeconomia inclusiva que a Embrapa busca implementar, levando em consideração a biodiversidade local e promovendo a inclusão das comunidades tradicionais.
A Embrapa, com nove centros de pesquisa na Amazônia Legal, tem desenvolvido diversas soluções para fortalecer as cadeias produtivas da região. Entre as tecnologias destacadas estão cultivares de fruteiras nativas, bioinseticidas, produtos derivados do açaí e da castanha-do-pará, e práticas de manejo sustentável. Em 2021, esses projetos foram aplicados em 141 mil hectares, gerando empregos e um impacto econômico significativo.