O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) reuniu especialistas na última quarta-feira (10) para avaliar as projeções climáticas e o cenário de incêndios florestais no país.
De acordo com os dados apresentados, a expectativa para 2025 é de um risco menos severo do que no ano anterior, em razão da ausência dos fenômenos El Niño e La Niña.
Incêndios florestais

Apesar do cenário mais favorável, o déficit hídrico em grandes áreas da Amazônia e do Pantanal ainda preocupa. A estiagem prolongada aumenta a vulnerabilidade da vegetação, elevando a possibilidade de queimadas, sobretudo nos próximos três meses.
As análises indicam, no entanto, que fatores como a menor quantidade de matéria orgânica acumulada, consequência dos incêndios registrados em 2024 e condições climáticas mais amenas podem contribuir para reduzir a intensidade dos focos neste ano.
As informações foram compartilhadas por instituições como o Inpe, Inmet, Cemaden, ANA e Lasa/UFRJ, e servirão de base para ações conjuntas de prevenção e combate a incêndios. Além do MMA, participaram do encontro representantes do Ibama, ICMBio, Casa Civil, Censipam e de comitês especializados na gestão do fogo.
Boletim do Fogo

Desde agosto, o ministério também publica semanalmente o Boletim do Fogo, que traz dados sobre áreas atingidas, uso de queimas controladas e medidas de prevenção implementadas em parceria com governos locais, órgãos federais e sociedade civil.
Além disso, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) publicou a resolução que estabelece critérios técnicos para a prevenção e o preparo de imóveis rurais contra incêndios florestais, complementando normas já existentes.
A iniciativa, aprovada durante a reunião do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Comif) no início de agosto, tem como objetivo reduzir ocorrências de queimadas irregulares e incentivar o planejamento e a execução de ações preventivas.
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