Uma nova espécie de sucuri, que pode ser a maior do mundo, foi descoberta na Amazônia, na porção norte da América do Sul. A cobra tem quase oito metros de comprimento e pesa cerca de 200 quilos.
A descoberta foi anunciada por um grupo de cientistas, liderados por um holandês, em uma publicação na revista Diversity.
Descoberta da nova espécie de sucuri
◾ A nova anaconda, denominada sucuri-verde-do-norte (Eunectes akayima), consiste em duas espécies distintas, sendo identificada separadamente da sucuri-verde-do-sul (Eunectes murinus).
◾A diferença genética entre as duas espécies é significativa, com uma variação de 5,5%, maior do que a diferença genética entre humanos e chimpanzés, que é de 2%.
◾Até o momento, apenas uma espécie de sucuri-verde havia sido reconhecida na Amazônia, e seu tamanho chegava a, no máximo, sete metros de comprimento.
◾O estudo destaca que a sucuri-verde-do-norte pode ser encontrada em territórios que incluem Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Trindade e Tobago, além da Venezuela.
◾Por outro lado, a sucuri-verde-do-sul é observada em regiões que abrangem Bolívia, Brasil, Peru e Guiana Francesa.
◾O holandês, responsável pela descoberta, compartilhou sua empolgação ao nadar ao lado da sucuri. Ele enfatizou a importância da preservação do habitat natural das cobras gigantes, especialmente diante das ameaças enfrentadas pela região amazônica, como as mudanças climáticas e a destruição das florestas.
◾Os pesquisadores envolvidos no estudo ressaltaram a importância de proteger a biodiversidade única da Amazônia e a urgência de conservar o habitat natural dessas cobras gigantes.
“A região amazônica está sob forte pressão devido às mudanças climáticas e ao desmatamento contínuo. Mais de um quinto da Amazônia já desapareceu, o que representa mais de 30 vezes a área dos Países Baixos. A sobrevivência destas cobras gigantes está intimamente ligada à proteção do seu habitat natural”, apontou Freek Vonk, apresentador e cientista.
Pesquisa
◾O principal autor do estudo, Jesus Rivas, juntamente com sua esposa, Sarah Corey-Rivas, dedicou mais de 15 anos de pesquisa para identificar indícios de que havia mais de uma espécie de sucuri-verde na região amazônica.
◾Essa descoberta inicial os motivou a iniciar uma minuciosa análise de amostras coletadas, com o objetivo de identificar possíveis diferenças genéticas entre as populações de sucuri-verde.