O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que até o dia 12 de fevereiro, grandes acumulados de chuva podendo passar de 60 milímetros (mm), podem atingir áreas das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
Já na faixa norte do País, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) pode influenciar e contribuir para a ocorrência de chuva, principalmente no Amapá e no norte do Pará e do Maranhão. De 13 a 21 de fevereiro de 2024, são esperados volumes de chuva maiores que 60 mm em boa parte do país.
Previsão de chuva para regiões do Brasil
De 5 a 12 de fevereiro, a Região Norte deve ter pancadas de chuva, principalmente no fim da semana, com valores maiores que 50 mm em praticamente toda a região, mas principalmente em áreas do Amazonas, Tocantins, Pará, Amapá, acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. Nas outras áreas, não é descartada as pancadas de chuva isoladas em menor volume.
No Nordeste, o período é de previsão de chuvas intensas em áreas do Maranhão, Piauí, sul do Ceará, oeste da Bahia, sertão de Pernambuco e Paraíba, com acumulados superiores a 50 mm. As chuvas devem se concentrar em grande parte da Bahia nos dias 10 e 11/02. No restante da região, predomina o tempo seco, mas podem ocorrer pancadas de chuva isoladas na área litorânea.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, são previstas pancadas de chuva fortes, com volumes maiores que 60 mm, que podem vir acompanhadas de raios, rajada de ventos e possíveis queda de granizo, principalmente em áreas de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por conta de canalização de umidade. Nas demais áreas, há previsão de chuvas com menores acumulados, podendo superar os 30 mm.
No Sul, estão previstas chuvas isoladas em áreas do leste do Paraná e sudeste de Santa Catarina no decorrer da semana, podendo superar os 30 mm. No interior da região, a previsão é de pouca chuva.
Chuva na segunda quinzena de fevereiro
De 13 a 21 de fevereiro, os volumes de chuva devem ser maiores que 60 mm em grande parte do País. No Norte são previstos acumulados maiores que 50 mm no oeste do Amazonas, Acre, Rondônia, centro-sul e leste do Pará, Amapá e Tocantins. Em Roraima, nordeste do Amazonas e noroeste do Pará, há previsão de pouca chuva.
Na Região Nordeste, a previsão é de chuva em forma de pancadas, podendo superar 50 mm, principalmente em áreas do Maranhão, Piauí, Bahia, Paraíba e sertão de Pernambuco. Nas áreas restante, os acumulados de chuva devem ser menores.
No Centro-Oeste e Sudeste há previsão de pancadas de chuva, em áreas de Mato Grosso, Distrito Federal e em todos os estados da Região Sudeste, podendo ultrapassar 50 mm. Em Mato Grosso do Sul e Goiás, são previstos menores acumulados de chuva. E na Região Sul, a previsão é de chuva localmente forte e maior que 60 mm nos três estados, com previsão de menores acumulados no sudeste do Rio Grande do Sul.
Armazenamento de água no solo
Chuvas em dezembro de 2023 e janeiro de 2024 contribuíram para a elevação nos níveis de umidade no solo em grande parte do Brasil, principalmente no sul da Região Norte, em áreas da região central do País. A previsão indica manutenção da umidade do solo para o mês de fevereiro. Já em grande parte da Região Sul, os níveis de umidade serão elevados.
Não há expectativa de aumento dos níveis de água no solo para o mês de fevereiro no centro e leste da Região Nordeste, noroeste da Região Norte e norte da Região Sudeste. Há áreas de seca grave e extrema no Norte e no Nordeste desde novembro para dezembro. Na Região Sul, houve diminuição dos níveis d’água de alerta e inundação em relação ao mês anterior, registrando-se apenas algumas situações de atenção.
El Niño
As previsões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) para a região do Oceano Pacífico Equatorial, indicam alta probabilidade (98%) de que as condições do El Niño continuem a se manifestar nos próximos meses, de fevereiro e persistam pelo menos até abril de 2024. A maioria dos modelos climáticos apontam para o enfraquecimento do fenômeno, variando de intensidade moderada a fraca. Já a partir do segundo semestre de 2024, existe possibilidade de formação do fenômeno La Niña, com probabilidade superior a 50%.