O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) divulgou a previsão agroclimática para o trimestre de dezembro de 2025 a fevereiro de 2026, apontando padrões distintos de precipitação, temperatura e armazenamento hídrico nas regiões brasileiras.
Na Região Norte, a maior parte da área deve registrar volumes de chuva acima da média, com exceção do sudeste do Pará e Tocantins, onde os acumulados serão inferiores ao normal.
Previsão agroclimática para o trimestre de dezembro de 2025 a fevereiro de 2026

As temperaturas devem ficar acima da média histórica em toda a região, com desvios de até 1 ºC. O armazenamento de água no solo será alto, favorecendo o desenvolvimento de culturas anuais e perenes, mas áreas de Roraima, centro-norte do Pará, Amapá e extremo norte do Tocantins podem apresentar déficit hídrico em dezembro, reduzindo-se gradualmente em janeiro e fevereiro.
No Nordeste, a tendência é de chuvas abaixo da média, principalmente no interior, com temperaturas de 0,5 ºC a 1 ºC acima da média. O solo permanecerá seco, especialmente entre o litoral do Maranhão e o Rio Grande do Norte, centro-norte da Paraíba e norte da Bahia, com déficits que podem superar 130 mm em dezembro.
Em contrapartida, áreas do Maranhão, oeste do Piauí, da Bahia e extremo-norte do Ceará devem registrar aumento gradual da umidade até fevereiro, favorecendo o crescimento das lavouras e a recuperação de pastagens.
- Guia de plantio: frutas e hortaliças para cultivar no mês de março
Já o Centro-Oeste deve ter chuvas próximas ou acima da média na maior parte do Mato Grosso, centro-oeste do Mato Grosso do Sul e extremo sul de Goiás, enquanto algumas regiões do sudoeste do Mato Grosso, noroeste do Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e centro-norte de Goiás podem receber menos precipitação.
As temperaturas permanecerão acima da média, podendo ultrapassar 28 ºC. O armazenamento hídrico será elevado em quase toda a região, garantindo umidade para plantio de soja e milho primeira safra, além de recuperação de pastagens, embora pontos específicos possam registrar excesso hídrico.
No Sudeste, chuvas acima da média histórica estão previstas para São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e Espírito Santo, enquanto centro-norte de Minas, nordeste paulista e sudeste do Rio de Janeiro terão precipitação próxima ou abaixo da média. As temperaturas devem superar a média, especialmente no noroeste de Minas e oeste de São Paulo.
Previsão de chuvas irregulares

No Sul, o norte e leste do Paraná, litoral de Santa Catarina e nordeste do Rio Grande do Sul devem registrar chuvas acima da média, enquanto o sudoeste gaúcho ficará abaixo do normal. As temperaturas tendem a permanecer acima da média, com desvios de até 1 ºC.
A umidade do solo será elevada na maior parte da região, embora o centro-sul do Rio Grande do Sul apresente estoques mais baixos. Excedentes hídricos podem atrasar colheitas e o plantio de soja e milho em algumas áreas, exigindo atenção ao manejo do solo.
Portanto, o trimestre deverá apresentar chuvas irregulares e temperaturas elevadas em todas as regiões, reforçando a importância do manejo hídrico e da atenção ao calendário de plantio e irrigação para minimizar impactos sobre as lavouras e pastagens.







