A União Europeia chegou a um consenso para adotar uma nova meta climática com força de lei, que prevê a redução de 90% das emissões de gases de efeito estufa até 2040, tomando como referência os níveis de 1990.
O acordo, resultado de longas negociações internas, prevê ainda o uso de créditos de carbono adquiridos no exterior para compensar 5% das emissões.
Meta climática para redução das emissões de gases

Pelo entendimento firmado, a maior parte do esforço deverá recair sobre o setor industrial europeu, responsável por alcançar um corte efetivo de 85% das emissões dentro do próprio bloco.
O percentual restante será compensado por meio da compra de créditos destinados a projetos em países em desenvolvimento, mecanismo que transfere parte da redução para fora da Europa.
Apesar de superar os compromissos assumidos por outras grandes economias, como a China, a meta ficou abaixo das recomendações de especialistas em ciência climática da própria UE. Também representa um recuo em relação ao desenho original proposto por Bruxelas, reflexo das divergências internas sobre o ritmo e o custo da transição para uma economia de baixo carbono.
O acordo abre ainda a possibilidade de, no futuro, ampliar o uso de créditos internacionais para cobrir mais 5% das reduções previstas para 2040, o que poderia aliviar ainda mais a pressão sobre os cortes domésticos.
Neutralidade climática em 2050

Portanto, a decisão surge como parte da estratégia para manter o bloco alinhado ao objetivo de neutralidade climática em 2050.
Nações como Polônia, Hungria e Eslováquia defenderam limites menos rígidos, alegando que setores industriais já enfrentam custos elevados de energia, concorrência de produtos chineses e barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.







