A primavera no Hemisfério Sul começa no próximo sábado, dia 23 de setembro, às 3h50, e termina no dia 22 de dezembro, à 0h27, conforme o horário oficial de Brasília.
Indicadores apontam que no início da primavera deve ser marcado por eventos climáticos severos, especialmente pela onda de calor que assola grande parte do país.
O prognóstico climático da estação foi produzido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Previsão do tempo para a primavera
A primavera marca uma transição entre as estações seca e chuvosa no setor central do Brasil. Durante esse período, observa-se um notável processo de umidade vindo da Amazônia, que desempenha um papel crucial na determinação da quantidade de chuva nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, bem como em parte do centro-sul da Região Norte.
Na estação primavera, as regiões do norte da Região Nordeste geralmente registram acumulações de chuva abaixo de 100 milímetros (mm), especialmente no norte do Piauí e noroeste do Ceará. As temperaturas tendem a ser mais elevadas em muitas áreas da Região Norte, no interior do Nordeste e em alguns locais da parte central do Brasil.

Durante a primavera, podem ocorrer os primeiros episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), trazendo chuvas para as regiões Sudeste, Centro-Oeste, Acre e Rondônia. Além disso, na Região Sul, podem ocorrer episódios de Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM), que estão associados a chuvas intensas, rajadas de vento, descargas atmosféricas e queda ocasional de granizo.
À medida que a chuva aumenta gradualmente em todo o país durante esta estação, ocorre o início do plantio das principais culturas de verão.
Região Norte
A previsão climática para os meses de outubro a dezembro indica que, devido ao El Niño, é provável que ocorra menos chuva do que a média histórica em grande parte da Região Norte.
Durante a primavera, a tendência é que a temperatura média do ar seja mais elevada do que as médias climatológicas em toda a região. É importante destacar que a escassez de chuvas no sul da Amazônia, juntamente com as altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar, aumenta o risco de incêndios florestais e queimadas.
Região Nordeste
A previsão climática aponta para a probabilidade de chuvas abaixo da média histórica em grande parte da região, com destaque para o Maranhão e Piauí. No leste dos estados da Paraíba e Pernambuco, a expectativa é de que as chuvas cheguem próximas da média. Semelhante à Região Norte, a previsão de chuva na Região Nordeste é influenciada pelos efeitos do El Niño.
Quanto à temperatura do ar, a previsão indica que a maior parte da região experimentará temperaturas acima da média histórica nos próximos meses.

Região Centro-Oeste
Na primavera, a tendência aponta para um retorno gradual das chuvas, ainda que de maneira irregular. Prevê-se que volumes acima da média histórica são previstos como favoráveis para
o Mato Grosso do Sul e sul de Goiás. Por outro lado, para o Mato Grosso, centro-norte de Goiás e o Distrito Federal, a previsão é de chuvas abaixo da média climatológica.
Quanto às temperaturas, a previsão indica condições projetadas para temperaturas acima da média histórica nos próximos meses.
Região Sudeste
Na Região Sudeste, a previsão para os próximos três meses aponta para a probabilidade de chuvas abaixo da média climatológica na porção setentrional da região.
Por outro lado, nas áreas de São Paulo e no sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, há expectativa de que as chuvas ocorram em quantidades superiores à média, com uma tendência de regularização das chuvas a partir do mês de novembro.
No que diz respeito às temperaturas, é esperado que permaneçam acima da média em grande parte da região.
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Região Sul
A previsão aponta para uma maior probabilidade de chuvas acima da média histórica em toda a região sul devido aos possíveis efeitos do El Niño na área.
Quanto às temperaturas previstas, espera-se que se mantenham predominantemente acima da média climatológica, com exceção do sul do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas podem ser mais amenas devido à ocorrência de um número significativo de dias consecutivos com chuvas.