A primeira arara-azul-de-lear de 2025 nasceu no Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre (Cecfau), em Araçoiaba da Serra, interior de São Paulo.
Conhecido como uma “maternidade” de espécies ameaçadas de extinção, o centro já contribuiu com o nascimento de 26 filhotes da espécie desde 2019, dos quais dez foram reintroduzidos na natureza no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia.
Primeira arara-azul-de-lear de 2025
O novo filhote, filho de Maria Eduarda e Dumont — aves resgatadas do tráfico de animais e mantidas sob cuidados no Cecfau —, está sendo alimentado em um berçário especial.
Segundo a bióloga Giannina Piatto Clerici, gestora do centro, o objetivo é aumentar a população da espécie e, sempre que possível, preparar os filhotes para a soltura na natureza.
“A gente trabalha com o objetivo de aumentar a população da espécie e também conseguir enviar [essas aves] para soltura na natureza”, destaca.
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Piatto Clerici explica que a avaliação para reintrodução acontece quando a ave atinge cerca de um ano de idade. O comportamento, a capacidade de voo, a habilidade de quebrar alimentos naturais, como coquinhos, e outros fatores são analisados para determinar se o filhote poderá ser devolvido ao habitat natural.
“Só o tempo vai dizer. A gente segue um protocolo bem rigoroso de não ficar conversando com o filhote, nem fazendo carinho, tentar ao máximo evitar esse contato para que eles não fiquem tão mansos. Mas isso depende muito de cada ave. Quando ela tiver uma idade suficiente, será avaliado o seu comportamento para saber se há chances de soltura ou não.”, completa.
Caso o animal não apresente as condições necessárias para sobrevivência na natureza, ele permanecerá sob os cuidados do Cecfau ou de outra instituição especializada.
Cecfau
Fundado em 2015, o Cecfau integra o Programa de Manejo Populacional da Arara-azul-de-lear e é referência na reprodução e conservação de espécies ameaçadas fora de seu habitat natural.
Em 2024, seis araras-azuis-de-lear nasceram no núcleo. No local, os pesquisadores promovem a procriação desses animais para evitar o desaparecimento e garantir a reinserção na natureza quando possível.
*Com informações da Agência Brasil