O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2024 e julho de 2025 somou 5.796 km², segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quinta-feira (30) em Brasília.
O número representa redução de 11,08% em relação ao período anterior e é a terceira menor taxa da série histórica, iniciada em 1988. É também o terceiro ano seguido de queda no desmatamento.
Desmatamento na Amazônia

No Cerrado, a tendência também foi de retração. O desmatamento entre agosto de 2024 e julho de 2025 alcançou 7.235 km², uma queda de 11,49% frente ao período anterior. É o segundo ano consecutivo de recuo, após cinco anos de alta entre 2019 e 2023.
De acordo com o governo, a diminuição do desmatamento nos dois biomas evitou a emissão de 733,9 milhões de toneladas de CO₂ equivalente desde 2022, volume comparável às emissões anuais somadas da Espanha e da França.
Nos municípios que integram o programa União com Municípios (UcM), considerados prioritários pelo MMA, o desmatamento caiu 65,5% no período. Entre os estados da Amazônia Legal, as maiores reduções ocorreram em Tocantins (-62,5%), Amapá (-48,15%), Roraima (-37,39%) e Rondônia (-33,61%). Apenas Mato Grosso apresentou aumento, de 25,06%.

Segundo André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, a atuação coordenada com governos locais tem sido determinante, pois “a queda nos municípios prioritários é 31% maior que a média da Amazônia, o que mostra o impacto da ação integrada”.
No Cerrado, 77,9% do desmatamento concentrou-se nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, área conhecida como Matopiba.
 
			






