Nesta quarta-feira (22/3), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) se reuniu para discutir o Plano de Contingência elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o enfrentamento da gripe aviária, caso a doença chegue a Goiás.
Ao iniciar os trabalhos, o presidente José Essado destacou que o governo estadual, por meio da Agrodefesa, está agindo com firmeza para mitigar o risco de introdução da gripe aviária em Goiás.
Além disso, ele mencionou que a equipe tem sido atualizada e preparada para agir de forma eficiente e rápida em casos de alertas e emergências sanitárias.
Segundo ele, a adoção dos protocolos estabelecidos no Plano de Contingência é crucial para minimizar o impacto da doença na avicultura goiana, caso ocorra.
Medidas preventivas à gripe aviária
Ao mencionar as ações tomadas pela Agrodefesa para prevenir a introdução da gripe aviária em Goiás, Essado lembrou que desde o ano passado, quando surgiram as primeiras notícias de influenza em países da América Latina, a Agência já implementou diversas medidas preventivas.
Além disso, houve uma intensificação na orientação aos criadores, industriais, técnicos da própria Agência e médicos veterinários habilitados que atuam como Responsáveis Técnicos das empresas sobre a gravidade da doença e como agir para evitar sua entrada no Estado.
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Uma das últimas medidas adotadas foi a publicação da Portaria 121/2023, que proíbe a aglomeração de aves em eventos e suspende os registros de novos eventos com aves no Estado.
Tópicos do plano
Durante a reunião, o gerente de Sanidade Animal, Antônio do Amaral Leal, apresentou e explicou os principais tópicos do Plano de Contingência para Influenza Aviária do Mapa. Ele enfatizou que o plano contempla diversas medidas, tais como:
- Identificação e intervenção nos possíveis focos;
- Determinação da extensão e contiguidade das áreas afetadas;
- Delimitação de espaço geográfico para interdição com proibição de movimentação de animais e produtos de risco;
- Organização e mobilização do aparato técnico e estrutural a ser utilizado na gestão das atividades de contenção;
- Saneamento de ocorrências zoossanitárias causadas pela gripe aviária.
De acordo com o documento apresentado, uma vez confirmada a suspeita da presença da gripe aviária por meio de exame laboratorial e caracterizada a situação de emergência sanitária, a Agrodefesa terá a possibilidade de estabelecer zonas de proteção e vigilância com delimitação geográfica a partir do foco da doença.
Além disso, medidas sanitárias mais severas poderão ser adotadas, como a eliminação de aves e a desinfecção de todos os equipamentos utilizados nos criatórios, bem como a gestão adequada de resíduos e subprodutos aviários, como cama de frango, penas e outros.
Também será controlada a entrada e saída de veículos e pessoas nessas áreas.