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Agricultura do Rio Grande do Sul emite alerta sanitário de foco de raiva herbívora

Secretaria fez registro da doença no município de Uruguaiana, região da fronteira Oeste com a Argentina; animais apresentaram agressões aparentemente de morcegos.

Por Janaina Honorato
Publicado em 13/03/2024 às 16:42
Animais apresentaram agressões aparentemente de morcegos.

Animais apresentaram agressões aparentemente de morcegos. Foto: Fernando Dias/Seapi

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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul emitiu na última segunda-feira (11), um alerta sanitário sobre foco de raiva herbívora por conta de rastros de mordidas nos animais, na região da fronteira oeste do Estado com a Argentina, em Barra do Quaraí, Itaqui e Uruguaiana.

A doença é um grande desafio para a pecuária brasileira. Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), a doença transmitida por morcegos hematófagos, mata anualmente centenas de animais de produção, gerando um impacto econômico e social elevado.

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Raiva é uma doença transmitida por mordida de morcegos hematófagos.
Raiva é uma doença transmitida por mordida de morcegos hematófagos. Foto: Divulgação

Alerta sanitário sobre foco de raiva herbívora

O alerta foi emitido após o registro de um foco da doença no município de Uruguaiana, na localidade de Imbaá, onde foram encontradas agressões nos animais da região.

“Há agressões nos animais dessa região, mas sem o conhecimento e identificação de refúgios de morcegos. Por isso, reitera-se a orientação ao produtor rural da necessidade avisar sobre refúgios, especialmente nessa região, além da vacinação e revacinação maciça de todos os animais, sendo uma das principais formas de prevenção”, ressalta o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora da Seapi, Wilson Hoffmeister.

Segundo o órgão, a orientação para os produtores rurais é que, ao localizarem novos refúgios de morcegos-vampiros, não tentem capturá-los por conta própria. Deve-se comunicar imediatamente o local desses refúgios à Inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.

Alguns esconderijos habituais dos morcegos transmissores da raiva, a espécie Desmodus rotundus, são troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis, casas abandonadas, entre outros.

A captura dos animais é realizada somente pelos Núcleos de Controle da Raiva do Estado, devidamente capacitados e vacinados contra a raiva. As equipes são acionadas pelas regionais da Secretaria da Agricultura sempre que houver laudo positivo para raiva em herbívoro ou se forem constatados altos índices de mordedura em animais de produção (como bovinos, equinos, ovinos e suínos) em determinada região.

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Raiva dos Herbívoros

A raiva é uma doença zoonótica, ou seja, pode ser transmitida entre animais e humanos e pode acometer todos os mamíferos. Nos herbívoros, é transmitida principalmente por morcegos hematófagos (principalmente da espécie Desmodus rotundus), também conhecidos como morcegos vampiros, por meio da mordida.

A doença não tem tratamento, sendo invariavelmente fatal uma vez iniciados os sinais clínicos. Ao contrário de animais de pequeno porte, como cães, a raiva em herbívoros se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e dilatação da pupila.

A raiva em herbívoros tem sido notificada em todos os estados brasileiros e já registra 50.944 casos de 1999 até julho de 2022. No ano de 2021, foram registrados no Brasil 661 casos de raiva, destes 642 em ruminantes.

Impactos na pecuária do Brasil

Dentre os maiores riscos para a pecuária nacional estão: a perda direta de animais por se tratar de uma doença fatal, redução do ganho de peso dos animais devido às espoliações constantes por parte dos morcegos, contato ou exposição dos trabalhadores com animais doentes, o que gera a busca por tratamento, acarretando afastamento do trabalho para tratamento e podendo causar óbitos de humanos.

Vacinação do rebanho é o principal modo de prevenção contra raiva.
Vacinação do rebanho é o principal modo de prevenção contra raiva. Foto: Divulgação/Agrodefesa

Controle e vacinação

A prevenção da raiva em herbívoros ocorre principalmente com a vacinação dos animais (bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos) , além disso o Serviço Veterinário Oficial (SVO) realiza o monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos, comunicação de risco e atividades educativas necessárias para a prevenção da raiva.

A vacinação contra a raiva nos animais é recomendada a partir de três meses de idade, reforço após 30 dias e a revacinação anual para o controle. Caso um herbívoro apresente sinais neurológicos, o Mapa orienta que o produtor entre em contato com o Órgão de Defesa Sanitária Animal de seu estado para notificar a suspeita.

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Tags: Bovinosfocomapamorcego hematófagoraiva herbívoraRio Grande do SulSeapi

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