A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu oficialmente o Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia dos Delegados Nacionais, realizada em Paris, na França.
Goiás está entre os estados que contribuíram para alcançar esse novo status sanitário, com destaque para a atuação em vigilância e controle agropecuário.
Zona livre de febre aftosa

Para o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gedeão Pereira, o reconhecimento representa um marco relevante para a pecuária nacional e impõe novas responsabilidades tanto ao setor público quanto ao privado, com ênfase nos produtores rurais, considerados por ele os principais responsáveis por esse avanço.
“Todo o setor de carne se beneficia desse progresso. Temos que cuidar do nosso rebanho ainda mais. O mercado internacional exige quantidade, rapidez e qualidade no fornecimento dos alimentos”, afirmou Gedeão.
Na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, o status sanitário concedido ao Brasil comprova o compromisso do país com uma produção responsável e sustentável.
“Esse status reforça a característica de qualidade da nossa carne, e pode abrir novos mercados para os produtores rurais.”
Portanto, o reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa, sem vacinação, reforça o compromisso do setor agropecuário, dos produtores rurais, com relação à sanidade de seus rebanhos e com a qualidade dos produtos ofertados aos mercados compradores.
Reconhecimento em Goiás

José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que esteve presente na cerimônia, avaliou que a certificação é resultado de planejamento técnico e inserção gradual do estado entre as regiões habilitadas a exportar produtos de origem animal para mercados com exigências sanitárias mais rigorosas, como Japão e União Europeia. .
Também presente em Paris, o secretário Pedro Leonardo Rezende considerou que a nova classificação internacional é resultado de ações conjuntas entre diferentes órgãos públicos e privados, com foco na saúde do rebanho e nos requisitos exigidos pelo comércio internacional.